6. “A alegria de Maria é dupla: acabara de receber o anúncio do anjo de que acolheria n’Ela o Redentor e também a notícia de que a prima estava grávida. Interessante! Em vez de pensar em Si mesma, pensa na outra. Porquê? Porque a alegria é missionária, a alegria não é para ficar numa pessoa, mas para levar alguma coisa.” (Vigília).
7. “Não ficamos luminosos, quando exibimos uma imagem perfeita, em ordem, bem acabada, não; Tornamo-nos luminosos, resplandecemos quando, tendo acolhido Jesus, aprendemos a amar como Ele.” (Vigília).
8. “Na vida, nada é de graça; tudo se paga. Só uma coisa é gratuita: o amor de Jesus! Assim, com este dom gratuito que temos – o amor de Jesus – e com a vontade de caminhar, caminhemos na esperança, olhemos para as nossas raízes e continuemos para diante, sem medo. Não tenhais medo.” (Vigília).
9. “Quem ama não fica de braços cruzados, quem ama serve, quem ama corre para servir, corre empenhado no serviço aos outros.” (Encontro com Voluntários).
10. “Continuai a cavalgar as ondas do amor, as ondas da caridade, sede surfistas do amor.” (Encontro com Voluntários).
11. “Não devemos ter medo de nos sentir inquietos, de pensar que tudo o que possamos fazer não basta. Neste sentido e dentro de uma justa medida ser descontente é um bom antídoto contra a presunção da autossuficiência e do narcisismo”. (Discurso na Universidade Católica).
12. “Uma vida sem crises é uma vida assética (…), é como água destilada. Água destilada é uma água sem crises. Não tem sabor a nada, não serve para nada, a não ser para guardar no roupeiro e fechar a porta”. (Encontro em Cascais – Scholas Ocurrentes).
13. Às vezes, podemos sentir um cansaço semelhante no nosso caminho eclesial, quando nada mais temos nas mãos além das redes vazias. Trata-se dum sentimento bastante difundido nos países de antiga tradição cristã, atravessados por muitas mudanças sociais e culturais e cada vez mais marcados pelo secularismo, pela indiferença para com Deus, por um progressivo afastamento da prática da fé.
Aliás isto vê-se, com frequência, acentuado pela desilusão e a aversão que alguns nutrem face à Igreja, devido às vezes ao nosso mau testemunho e aos escândalos que desfiguraram o seu rosto e que nos chamam a uma humilde e constante purificação, partindo do grito de sofrimento das vítimas que sempre se devem acolher e escutar. (Encontro com autoridades eclesiásticas e agentes pastorais nos Jerónimos).
14. Para onde navegais, Europa e Ocidente, com o descarte dos idosos, os muros de arame farpado, as mortandades no mar e os berços vazios? Para onde ides se, perante o tormento de viver, vos limitais a oferecer remédios rápidos e errados como o fácil acesso à morte, solução cómoda que parece doce, mas na realidade é mais amarga que as águas do mar? Penso em tantas leis sofisticadas a esse respeito (Discurso às autoridades – CCB).
15. “Que rota segues, Ocidente? A tua tecnologia, que marcou o progresso e globalizou o mundo, sozinha não basta; e muito menos bastam as armas mais sofisticadas, que não representam investimentos para o futuro, mas empobrecimento do verdadeiro capital humano que é a educação, a saúde, o estado social. Fica-se preocupado ao ler que, em muitos lugares, se investem continuamente os recursos em armas e não no futuro dos filhos”. (Discurso às autoridades portuguesas – CCB).