a) de modo essencialmente unânime, mesmo se as perspetivas de cada continente são diferentes, todas as Assembleias continentais pedem que se preste atenção à experiência, à condição e ao papel das mulheres. Celebram a fé, a participação e o testemunho de tantas mulheres em todo o mundo, leigas e consagradas, como evangelizadoras e, muitas vezes, primeiras formadoras na fé, notando especialmente a sua contribuição para a “margem profética”, em lugares remotos e contextos sociais problemáticos;
b) além disso, as Assembleias continentais apelam a uma reflexão mais profunda sobre a realidade dos fracassos relacionais, que são também fracassos estruturais que afetam a vida das mulheres na Igreja, convidando a um processo de conversão contínua para tentar tornar-se mais plenamente aquilo que já somos no Batismo. As prioridades para a Assembleia sinodal incluem abordar as alegrias e tensões, bem como as oportunidades de conversão e renovação na forma como vivemos as relações entre homens e mulheres na Igreja, também na concretude das relações entre Ministros ordenados, Consagradas e Consagrados, Leigas e Leigos;
c) durante a primeira fase do Sínodo, as questões da participação das mulheres, o seu reconhecimento, a relação de apoio mútuo entre homens e mulheres e a presença de mulheres em posições de responsabilidade e de governo emergiram como elementos cruciais na procura de como viver a missão da Igreja de uma forma mais sinodal. As mulheres que participaram na primeira fase expressaram claramente um desejo: que a sociedade e a Igreja sejam um lugar de crescimento, de participação ativa e de pertença saudável para todas as mulheres. Pedem à Igreja que esteja ao seu lado para acompanhar e promover a realização deste desejo. Numa Igreja que quer ser verdadeiramente sinodal, estas questões devem ser abordadas em conjunto, e devem ser construídas em conjunto respostas concretas para um maior reconhecimento da dignidade batismal das mulheres e para a luta contra todas as formas de discriminação e exclusão de que são vítimas na comunidade eclesial e na sociedade;
d) finalmente, as Assembleias continentais sublinham a pluralidade de experiências, pontos de vista e perspetivas das mulheres e pedem que esta diversidade seja reconhecida nos trabalhos da Assembleia Sinodal, evitando tratar as mulheres como um grupo homogéneo ou como um tema de discussão abstrato ou ideológico.