2. Amar “para sempre” é ainda possível?
Em 2014, o Papa Francisco, num encontro de noivos disse que esta é a pergunta que devemos fazer: é possível amar-se “para sempre”? Hoje muitas pessoas têm medo de fazer escolhas definitivas. Um rapaz dizia ao seu bispo: «eu quero ser sacerdote, mas só por dez anos». Tinha medo de uma opção definitiva. Trata-se de um medo generalizado, próprio da nossa cultura. Fazer escolhas por toda a vida parece impossível. Hoje tudo muda rapidamente, nada dura por muito tempo. E esta mentalidade faz com muitos que se preparam para o matrimonio digam: “estaremos juntos até que o amor dure”, e depois? Saudações e até à vista! E assim termina o matrónimo. Mas o que entendemos por “amor”? É, certamente, uma relação, uma realidade que cresce e, podemos dizer, que é algo que se constrói como uma casa. Construir significa favorecer e ajudar o crescimento. Não se pode construir sobre a areia de sentimentos que vão e vêm, mas sobre a rocha do amor verdadeiro, o amor que vem de Deus. Como o amor de Deus é estável e para sempre, também o amor, que funda a família, queremos que seja estável e para sempre sem nos deixarmos vencer pela cultura do provisório.