3. O Jubileu cristão
Para a Igreja, o Jubileu é este tempo de Cristo, «ano de graça do Senhor». Foi o Papa Bonifácio VIII que proclamou em 1300 o primeiro Jubileu cristão, e determinou que fosse celebrado de 100 em 100 anos em memória do nascimento de Cristo. Atualmente, é celebrado a cada 25 anos. É o chamado Jubileu ordinário. Pode haver jubileu extraordinário, como aconteceu com o Jubileu extraordinário da Misericórdia em 2015. Também na vida de cada cristão se assinalam as datas especiais de nascimento ou dos sacramentos. “De facto, na perspetiva cristã, cada jubileu — seja o 25° aniversário de sacerdócio ou de matrimónio designado «de prata», seja o 50° dito «de ouro», seja ainda o 60° chamado «de diamante» — constitui um particular ano de graça para o indivíduo que recebeu um dos sacramentos elencados. Aquilo que dissemos dos jubileus pessoais pode ser também aplicado às comunidades ou instituições.” (João Paulo II, Carta Apostólica Tertio Millennio Adveniente, 1994).
Nas palavras do Papa Francisco, o Jubileu 2025 “poderá́ favorecer imenso a recomposição dum clima de esperança e confiança, como sinal dum renovado renascimento do qual todos sentimos a urgência. Por isso escolhi o lema «Peregrinos de esperança». Entretanto, tudo isto será́ possível se formos capazes de recuperar o sentido de fraternidade universal, se não fecharmos os olhos diante do drama da pobreza crescente que impede milhões de homens, mulheres, jovens e crianças de viverem de maneira digna de seres humanos. (…) Por conseguinte, que a dimensão espiritual do Jubileu, que convida à conversão, se combine com estes aspetos fundamentais da vida social, de modo a constituir uma unidade coerente” (Papa Francisco, Carta de 11 de fevereiro de 2022).