Quaresma com o CESM 2020
Estações da Via-Sacra, comentadas por membros da família espiritana
Missionários do Espírito Santo em Portugal
Estações da Via-Sacra, comentadas por membros da família espiritana
Mesmo nas circunstâncias especialíssimas que estamos vivendo, nas quais cada dia aparece como mera repetição dia anterior, somos convidados a viver de forma diferente esta semana, designada como “Semana Santa”, “Semana Maior”
São bem ousadas as imagens e comparações pelas quais a Palavra do Senhor deste domingo nos fala do quanto o Senhor quer fazer por cada um e cada uma de nós, filhos seus: elas roçam mesmo as fronteiras do inverosímil e do impossível.
Aproveitemos este tempo da Quaresma, em quarentena forçada, para uma consulta – ainda por cima, gratuita e sem necessidade de deslocações – no verdadeiro Oftalmologista, que é Cristo, para melhorarmos a qualidade da nossa visão, tantas vezes enfraquecida pelos condicionantes esquemas das nossas certezas, do nosso comodismo, dos nossos interesses e dos jogos de equilíbrio em que facilmente caímos.
Pra quê teimarmos em saciar a nossa sede em águas estagnadas e poluídas, quando, bem perto de nós, correm “rios de água viva”, dos quais Deus nos garante: “tirareis com alegria as águas da salvação” (Is.12,3)?
A ideia não é original, mas as ideias do Cardeal Tolentino, essas sim, são sempre cheias de novidade e inspiração. Os Missionários Claretianos decidiram, à escala do seu mundo, publicar um livro que apresentasse o Evangelho de cada dia do ano.
Resistir às tentações é, no fundo e como vimos no passado domingo, recusar a autonomia e a autodeterminação de que tanto gostamos, para reconhecer Deus como o único senhor absoluto da nossa vida, aceitando deixar-se guiar e conduzir por Ele.
Sendo a Quaresma o tempo favorável no qual Deus nos convida à conversão, pena seria que o desperdiçássemos. Só com uma total insensibilidade à Palavra de Deus é que tal poderá acontecer, pois não há tempo litúrgico tão bem trabalhado para que, guiados por ela, cheguemos à Páscoa da Ressurreição.
Este título foi escolhido não por referência ao conjunto musical por este nome conhecido, mas porque ele reflete a nossa condição de cristãos: santificados pela presença em nós da Santíssima Trindade, a partir do Batismo, continuamos também habitados pelo pecado. Daí que S. Paulo prefira mais o termo ‘santificação’, que nos aponta para uma caminhada, para um processo a ser realizado ao longo de toda a nossa vida.
Somos chamados a ser sal da terra e luz do mundo, pois é deste sal e desta luz que o mundo de hoje mais precisa! Disponhamo-nos a dar a volta à nossa fé e às nossas vidas!