A distância das palavras aos atos

Que o Senhor ateie ou reavive em nós o seu fogo, para podermos resistir às tentações do desânimo, do voltar as costas a Deus, do ‘deixar correr’, do ‘não vale a pena’, pois só esse fogo poderá reduzir a cinzas as nossas tendências para a instalação e o comodismo, o poder e o mandar, e levar-nos a retomar a condição de discípulos, de seguidores dos passos de Jesus, sem nos conformarmos com este mundo. Para isso, invoquemos muitas vezes: Vinde, Espírito Santo, e renovai em nós o fogo do Vosso amor!

Católicos, mesmo?

oh.Como seria belo que todos nós, católicos, aparecêssemos nesta nossa sociedade, cada vez mais dividida e clubista, como agentes da verdadeira globalização e não nos deixássemos enredar por preconceitos e por interesses rasteiros e mesquinhos, que só nos enriquecem em ódios, ressentimentos e divisões, mas que em nada contribuem para nos tornarmos mais próximos uns dos outros e concidadãos da mesma ‘aldeia global’!

O verdadeiro tesouro

Estes tempos de crise, pela renúncia forçada a muita coisa supérflua, até nos podem ajudar a centrarmo-nos no que é verdadeiramente essencial e importante. E bem no centro de tudo, precisamos de colocar um ‘coração inteligente’, que seja capaz de distinguir o que vale e o que não vale, o real e o ilusório, o definitivo e o transitório, e de estar bem aberto às necessidades e sofrimentos dos nossos irmãos.

Como lidamos com o mal

Temos muita dificuldade em lidar com o mistério do mal, cuja realidade se torna em nossos dias cada vez mais avassaladora: ou pretendemos a sua eliminação imediata e completa – “cortar o mal pela raiz”, como diz o nosso povo – e, por isso, quantas vezes nos revoltamos com Deus por causa do seu aparente distanciamento face aos triunfos do mal; ou nos resignamos à sua presença e à sua força, aceitando a sua inevitabilidade, mas apontando sempre Deus e os outros como os seus causadores.