Missionário do Espírito Santo. Trabalha em Roma como Conselheiro Geral da Congregação.
A visita do Papa Francisco ao Chipre e à Grécia (2 a 6 de dezembro) foi uma peregrinação às fontes da cultura e da fraternidade humana. O Papa foi um construtor de pontes, peregrino da unidade em países onde a Ortodoxia é mais expressiva.
As portas do futuro continuam abertas, apontando um longo caminho a percorrer. Mas, como canta Pedro Abrunhosa, ‘vamos fazer o que ainda não foi feito (…) porque amanhã é sempre tarde demais’.
Regressei a Roma de coração cheio por ter encontrado e confraternizado com estas comunidades e estes padres que, por terras da Suíça vão construindo as suas vidas e vivendo com coragem e compromisso a sua Fé.
Todos, Padres ou Irmãos, estão preparados para anunciar o Evangelho em português. Mas, sobretudo, fizeram uma opção religiosa pelos mais pobres e estão disponíveis para a Missão lá onde for mais urgente e necessário. Vieram aqui dize-lo, sem rodeios, neste Capítulo Geral dos Espiritanos, a acontecer naquela que foi a porta de entrada dos Missionários na África oriental. A longa e estimulante história não nos permite viver de rendimentos nem parar. A Igreja tem de estar sempre em saída, com missionários sempre prontos a partir.
O XXI Capítulo Geral dos Espiritanos foi mais uma vítima da covid 19! Deveria ter acontecido na Polónia em junho de 2020. Foi sucessivamente adiado para o fim do ano e, mais tarde, para meados de 2021. Com a pandemia a não dar tréguas, o Conselho Geral mudou de lugar e data. Assim, abriria as portas em Bagamoyo, na Tanzânia, de forma discreta e ‘controlada’, a 2 de outubro, data da morte do fundador, P. Cláudio Poullart des Places.
A Eslováquia acolheu o Papa Francisco com alegria e festa, de 12 a 15 de setembro. Em quatro dias, o Papa teve nove intervenções, tão incisivas como plurais nos destinatários, contextos e ideias reflectidas e partilhadas.
Em Budapeste, o Papa agarrou-se à sugestiva imagem da famosa Ponte das Correntes, a mais conhecida e mais antiga da Cidade, e pediu educação e compromisso por mais e melhor fraternidade, apagando o rastilho das ameaças do antissemitismo
Com tanta gente fora e tão pouca nas Ilhas, este mês de Agosto constrói pontes entre as pessoas que aqui nasceram ou, pelo menos têm raízes, e gosta de falar o seu crioulo e celebrar, com fé e em família, o seu santo Padroeiro.
Todos, em todos os tempos e lugares, precisamos de referências. S. Bento, com esta proposta de equilíbrio entre a oração e o trabalho, entre a ação e a contemplação, é um ponto de referência obrigatório para a Igreja e para o mundo. A sua festa celebra-se a 11 de julho.
Não vale a pena ficarmos chateados quando vamos a Zanzibar ou às montanhas da Huasteca Potosina no México e lá encontramos Santo António de Pádua! Queríamos que fosse de Lisboa, mas a verdade é que ele um Santo sem fronteiras. É de todos. Que a todos inspire e mobilize para uma fraternidade universal.