Os gritos de Cabo Delgado
O norte de Moçambique está a ferro e fogo. É uma catástrofe sem fim à vista, que se vem abatendo já há algum tempo sobre populações indefesas e que ninguém parece querer defender.
Missionários do Espírito Santo em Portugal
O norte de Moçambique está a ferro e fogo. É uma catástrofe sem fim à vista, que se vem abatendo já há algum tempo sobre populações indefesas e que ninguém parece querer defender.
10 de junho, Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa. O Cardeal Tolentino começou o seu discurso em Dia de Portugal. Queria tomar notas e comecei a escrever. Depressa desisti, pois cada frase tinha de ser anotada. Decidi ouvir. Ouvir e meditar. Extraordinário.
Junho, em Portugal, sabe a sardinhas e cheira a manjericos. Ouve-se música, gritos, saudações, conversas, passos de arruada ou de dança. Sabe a festa, a arraial, a marcha, a desfile, a celebrações, a procissões, a casamentos, a encontros. Enche os olhos de cor, de sorrisos, de ritmo, de fogo de artifício, de brindes à saúde. Em suma, é um mês de festas populares. Santo António abre o cortejo. S. João garante a continuidade. S. Pedro e S. Paulo encerram com chave de ouro este tempo festivo.
O Espírito Santo toma conta da Igreja e chega-lhe o fogo quando sente que ela anda um pouco adormecida ou a girar á volta de si própria. Este Pentecostes foi marcado por uma série de decisões e intervenções do Papa que nos fazem sonhar com uma Igreja melhor.
Se ‘Ascensão’ rima com ‘Comunicação’, ousemos apostar nas boas notícias que ajudam a construir um mundo de justiça, paz, amor e alegria. Estes são os valores vividos e anunciados por Cristo. Vamos por aí!
Cinco anos depois, a Laudato Si ainda tem mais actualidade: é urgente respeitar a natureza e amar os pobres. Há que investir na globalização da solidariedade.
Que a pressa de Maria a apoiar a prima, a fugir para o Egipto ou a gritar pela vinda do Espírito no Pentecostes também leve os humanos a correr em socorro das vítimas de todas as tragédias que espezinham as pessoas por esse mundo fora. “Temos Mãe”. Sejamos filhos à altura da sua pressa e da sua intervenção.
Não se assustem. Vem do Oriente, da Ásia, mas não é vírus que mate. É uma árvore linda, sobretudo na queda da folha, quando fica toda dourada. A Nogueira do Japão é o símbolo da resistência e da paz.
Vivemos esta Semana Santa com intensidade, apesar do isolamento social. A batalha contra este Covid e a guerra de Angola (há 30 anos) têm algo em comum, mas as diferenças são enormes. Vou continuar a missão difícil de tentar explicar o porquê.