Missionário do Espírito Santo. Trabalha em Roma como Conselheiro Geral da Congregação.
Vivemos esta Semana Santa com intensidade, apesar do isolamento social. A batalha contra este Covid e a guerra de Angola (há 30 anos) têm algo em comum, mas as diferenças são enormes. Vou continuar a missão difícil de tentar explicar o porquê.
Estamos no mesmo barco, embora alguns julguem que andam de iate enquanto outros navegam em cascas de nozes. A verdade é que sozinhos afundaremos. E, sobretudo, quando a barca regressar a terra, que atraque num porto novo, que tudo seja diferente a partir de amanhã, que governos e instituições olhem mais para as pessoas, pois elas são e serão sempre o melhor do mundo.
Encontro de Responsáveis Espiritanos, em Roma. Se fosse possível resumir o que foi dito nestes dias em Roma, apontaria para duas curtas conclusões: a Missão é enorme para as forças disponíveis; a Fé e a Confiança em Deus vai ajudar a deitar abaixo todas as barreiras e limites.
Todos os olhos estão focados no coronavírus. Parece não haver vida para além deste monstro microscópico. Estamos num combate muito duro com um inimigo que não vemos, conhecemos ainda pouco e faltam-nos armas à altura da sua braveza. Os hospitais esqueceram outros doentes e doenças, a economia parou (ou quase), o ritmo das pessoas foi alterado, os crentes pedem contas a Deus sobre o que se passa… E o resto da vida?
Os tempos não estão para brincadeiras, mas o humor continua a ser a coisa mais séria deste mundo. Por isso, permitam-me que, mesmo no meio de tanta desgraça, evoque a irmã de um confrade meu que repetia sempre que me encontrava…
Hoje é um domingo especial em Roma. As ruas e os monumentos deviam estar apinhados de gente, mas está tudo às moscas (se é que as moscas também andam na rua!). Como não tenho cão para passear, estou em casa com a minha bela e plural comunidade. Alguns sentem falta de mundo entre as quatro…
A ideia não é original, mas as ideias do Cardeal Tolentino, essas sim, são sempre cheias de novidade e inspiração. Os Missionários Claretianos decidiram, à escala do seu mundo, publicar um livro que apresentasse o Evangelho de cada dia do ano.
O adeus a Cabo Verde provoca sempre aquele sentimento que Cesária Évora imortalizou ao cantar a ‘Sodade’. Tem sido sempre assim e, desta vez, não houve excepção.
Cabo Verde acolheu-me com a ‘morabeza’ do costume, aquele acolhimento de braços abertos que só em família se faz.
Há coisas muito improváveis nesta vida. Uma delas é que um bar termine em convento. Mas isso aconteceu aqui na cidade da Praia nos finais dos anos 60.