Missionário do Espírito Santo. Trabalha em Roma como Conselheiro Geral da Congregação.
Há sonhos de menino que levam tempo a ganhar corpo. Este era um deles: cumprimentar o Papa e até trocar com ele algumas palavras. Aconteceu hoje, uma segunda feira que é o primeiro dia do resto da minha vida. Os Espiritanos celebram os 175 anos da fusão das duas Congregações que estão na sua origem.
Francisco chegou a Roma há dez anos com o passaporte de Jorge Bergoglio. E, quer queiramos quer não, está a fazer uma ’revolução imparável’ na Igreja, como tão bem o mostra o livro de António Marujo e Joaquim Franco. Ninguém é igual a ninguém, mas Francisco dá toques de enorme originalidade.
São dez anos de uma respiração eclesial diferente, com uma aposta clara na sinodalidade (como sinal de abertura à inspiração do Espírito) e no combate sem tréguas a tudo quanto desfigura o rosto da Igreja. Dá uma colaboração gigante na construção de uma Igreja credível, encurtando distâncias entre o dizer e o fazer. Está a provar ao mundo que a Igreja faz falta à humanidade, tentando acreditá-ladentro e fora de portas.
A Quaresma chega, cada ano, com uma proposta renovada de mais conversão, melhor oração e muita partilha solidária, assente num jejum praticado com uma comprometida vontade de melhorar a qualidade de muitas vidas.
O Papa Francisco aterrou no Sudão do Sul, o mais jovem país independente, na tarde de 3 de fevereiro. A viagem teve de ser adiada, por causa dos problemas de saúde que o limitam, mas nunca passou pela cabeça de Francisco adiar esta visita tão importante como simbólica a um dos lugares mais violentos do planeta.
O Papa Francisco encheu de coragem a República Democrática do Congo (RDC) e o Sudão do Sul. Pelo menos, quis isso e tentou-o com esta visita ousada e profética a lugares tristemente simbólicos, onde as guerras civis e a cobiça das riquezas atingem níveis de crueldade extrema.
O mundo inteiro (ou quase) se vergou perante esta grande figura da cultura. Os perfis de uma pessoa nunca garantem a unanimidade dos pareceres e opiniões publicadas, mas considero que o Papa Bento XVI foi a pessoa que o Espírito Santo achou ajustada àqueles tempos pós-João Paulo II, pois permitiu abrir as portas de par em par à chegada do ‘missionário’ Papa Francisco, vindo das terras do fim do mundo – como ele se apresentou, de forma divertida, mas muito séria!
O Paraguai acolheu-me, como sempre, de braços abertos. É um povo simples, mas bom…ou talvez mesmo, é bom porque é simples.
No 33º Domingo do Tempo Comum celebramos o Dia Mundial dos Pobres, instituído pelo Papa Francisco em 2017, no termo do Jubileu da Misericórdia. O tema da Mensagem do Papa para a VI Edição é “Jesus Cristo fez-Se pobre por vós” (cf. 2 Cor 8, 9).
Partiu para junto de Deus um homem integral. Terá que ser para todos uma referência, uma enorme inspiração.
A Mensagem para o Dia Mundial das Missões, a celebrar a 23 de Outubro, é forte, provocadora e profunda, como sempre. Lembra que a Igreja é, por natureza missionária e que a identidade da Igreja é evangelizar. Nada de novo. Recorda ainda que não há lugar para franco-atiradores, porque a missão tem de se realizar em comunhão profunda com a comunidade eclesial, pois Cristo mandou os primeiros discípulos ‘dois a dois’.