Missionário do Espírito Santo. Trabalha em Roma como Conselheiro Geral da Congregação.

Carlos de Foucauld, Irmão Universal

A Praça de S. Pedro foi pequena demais para tão grande multidão.  Ali se escutavam muitas línguas, faladas ou cantadas, ao ritmo de danças e baloiçar de bandeiras. Neste 15 de maio, o Papa Francisco canonizou Carlos de Foucauld, Maria Rivier (Fundadora das Irmãs da Apresentação de Maria), Titus Brandsma (Carmelita, morto pelos nazis em Dachau), Maria de Jesus Santocanale, M. Domenica Mantovani, M. Francisca de Jesus, Justino Russolillo, Luigi Palazzolo, César de Bus e o leigo indiano Lázaro Devasahayam… ao todo, dez testemunhas ousadas do Evangelho. O mais conhecido é Carlos de Foucauld, o santo do deserto, o irmão universal.

Contra o ‘naufrágio’ da humanidade

Era uma vez no ano 60. O mar estava encapelado junto à Ilha de Malta – que, em língua fenícia, quer dizer ‘porto seguro’ – e a embarcação em que viajava S. Paulo, a caminho de Roma, naufragou. Num esforço de chegar a terra firme, muitos dos viajantes conseguiram salvar-se, sendo acolhidos pelos habitantes desta Ilha plantada no meio do Mediterrâneo, a sul do continente europeu. O Papa Francisco decidiu visitar esta terra e este povo, atingindo dois objetivos maiores: fazer uma peregrinação  às fontes do anúncio do Evangelho e abraçar os milhares de imigrantes africanos que ali chegam e são acolhidos.