A distância das palavras aos atos

Que o Senhor ateie ou reavive em nós o seu fogo, para podermos resistir às tentações do desânimo, do voltar as costas a Deus, do ‘deixar correr’, do ‘não vale a pena’, pois só esse fogo poderá reduzir a cinzas as nossas tendências para a instalação e o comodismo, o poder e o mandar, e levar-nos a retomar a condição de discípulos, de seguidores dos passos de Jesus, sem nos conformarmos com este mundo. Para isso, invoquemos muitas vezes: Vinde, Espírito Santo, e renovai em nós o fogo do Vosso amor!

As duas pandemias

Diz o Papa Francisco: ‘A pandemia é uma crise e não se sai iguais de uma crise: ou saímos melhores ou saímos piores. Nós deveríamos sair melhores, para resolver as injustiças sociais e a degradação ambiental. Hoje temos uma oportunidade de construir algo diferente. Por exemplo, podemos fazer crescer uma economia de desenvolvimento integral dos pobres. Se o vírus se voltar a intensificar num mundo injusto em relação aos pobres e aos vulneráveis, devemos mudar este mundo’.

Pastores com cheiro às ovelhas

D. Pedro Casaldáliga morreu aos 92 anos. Catalão de nascença, é brasileiro de missão. Chegou ali como jovem Padre Claretiano e seria conhecido mundialmente pela sua opção pelos mais pobres e pela poesia. S. Félix de Araguaia teria um Bispo pobre com uma vida inteiramente dedicada aos mais fragilizados da sociedade. Optou por um estilo de vida simples e sóbrio, interpelou pela sabedoria e frontalidade das suas palavras, entregou-se de alma e coração ao povo que lhe foi confiado. Está na origem de movimentos cristãos e populares como o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e o Movimento dos Sem Terra (MST). Que descanse em paz. E que nós nos sintamos inspirados e desinstalados por ele.

Católicos, mesmo?

oh.Como seria belo que todos nós, católicos, aparecêssemos nesta nossa sociedade, cada vez mais dividida e clubista, como agentes da verdadeira globalização e não nos deixássemos enredar por preconceitos e por interesses rasteiros e mesquinhos, que só nos enriquecem em ódios, ressentimentos e divisões, mas que em nada contribuem para nos tornarmos mais próximos uns dos outros e concidadãos da mesma ‘aldeia global’!