Missionário do Espírito Santo a trabalhar em Portugal.
Que o amor de compaixão do Senhor Jesus desperte também o nosso e, a todos, nos torne discípulos missionários e que “Maria, a primeira discípula missionária, faça crescer em todos os batizados o desejo de ser sal e luz nas nossas terras”.
Só fazendo nossa a lógica do Evangelho é que nós, como Cristo e com Ele, poderemos ser missionários, pois “aqui reside o segredo da fecundidade apostólica da ação missionária” (Bento XVI). E esta forma de ser missionário está ao alcance de todos nós, já que sofrimentos não nos faltam. Precisamos apenas de saber transformá-los, pelo amor, em fonte de vida e de redenção.
Uma navegação meramente costeira nunca nos permitirá saborear a experiência do alto mar! Podemos, pois, fazer nossa a oração do Salmo Responsorial: “Enchei-nos, Senhor, da vossa sabedoria: será ela a nossa alegria”!
Deixemo-nos, pois, reconduzir por Jesus ao “princípio” de tudo, que é o coração do nosso Deus, pois só n’Ele encontraremos a verdadeira liberdade e a felicidade plena!
Se fosse assim magnânimo o coração de cada ser humano, não haveria espaço no nosso mundo para a guerra, a cobiça, a inveja, a injustiça e a exploração, de que resultam tantos indigentes, tantos refugiados, tantos esfomeados, tantos analfabetos, tantos miseráveis.
Porquê a nossa demora e indecisão em nos inscrevermos nesta ‘escola’ de Jesus?
Às portas de novo ano apostólico, o Senhor espera de cada um/a de nós uma decidida e entusiasta resposta de verdadeiros discípulos, isto é, de seus seguidores, rumo à ‘nova’ normalidade!
A melhor forma de louvarmos o Senhor pelo dom maravilhoso da fala e do ouvido, de que disfrutamos, é tornarmo-nos derrubadores de todas as formas de surdez – por indiferença, solidão e isolamento – e geradores de comunhão, construindo pontes que aproximem cada vez mais as pessoas.
Quem anda atento e preocupado com a qualidade da fonte donde brota o seu ser e o seu agir, nem tempo lhe sobra para reparar nos outros e, menos ainda, para julgar das suas intenções! E quando essa tentação nos assaltar, respondamos-lhe com esta oração: “Ensinai-me, Senhor: quem viverá na vossa casa? Ensinai-me, Senhor”!
Ficar com Cristo implica, antes de mais, ser-se gente que toma decisões e procura permanecer responsavelmente coerente.