Missionário do Espírito Santo a trabalhar em Portugal.

A força de um olhar

É o episódio de Zaqueu que, neste domingo, concentra a nossa atenção. Na verdade, só Jesus reparou naquele homenzinho, empoleirado numa árvore no meio da garotada lá da terra. E se mais alguém o viu, nem um sorriso irónico lhe mereceu tão estranho comportamento, dado que se tratava de alguém conhecido pela sua profissão de chefe de cobradores de impostos e, por isso mesmo, desprezado.

O hipermercado da fé

27º Domingo do Tempo Comum. Como resposta à súplica fundamental deste dia – “Senhor, aumenta a nossa fé!” – todos gostaríamos que houvesse um armazém da fé, ou, antes, um hipermercado, onde ela estivesse ao dispor dos clientes em doses variadas, com embalagens para todos os gostos e, até, de diversas qualidades, para ser acessível a todas as bolsas. Melhor ainda, onde houvesse uma poção mágica que pronta e eficazmente produzisse esse efeito!

Padrões de vida

Os textos hoje escutados põem em confronto dois padrões de vida: um, habitualmente designado de ‘capitalista’, no qual o cilindro da ambição esmaga tudo e todos, sacrificando no altar do lucro pessoas, valores, religião, lazer e cultura. É o que o profeta Amós denuncia de forma frontal e vigorosa na primeira leitura, e que Jesus, no Evangelho, personifica na imagem do administrador infiel e desonesto, para quem todos os meios para garantir um futuro tranquilo são válidos.

O caderno de encargos

Vamos dar início a novo ano apostólico, que pode e deve ser para cada um de nós a oportunidade para fortalecermos e levantarmos um pouco mais a ‘torre’ da nossa eternidade. Mas não tenhamos ilusões: só aceitando a radicalidade da proposta de Cristo é que estaremos em condições de dar este salto em frente; doutra forma, será sempre “mais do mesmo” e não esqueçamos que não é com fogo de vistas e com entusiasmos momentâneos que se constrói seja o que for, muito menos uma torre!

A grandeza da humildade

A Palavra do Senhor deste domingo prolonga e completa a resposta à pergunta do domingo passado: “esforçai-vos por passar pela porta estreita”. De facto, os caminhos da verdadeira humildade são os que mais seguramente nos levam à entrada do Reino dos Céus, pois Deus “prepara uma casa para o pobre” [e o humilde], enquanto que a “árvore da soberba cria raízes” bem fundas no coração do orgulhoso.