Memórias que transformam
Estaremos nós disponíveis a constituirmos verdadeiramente um só corpo e uma só alma em atos e palavras?
Missionários do Espírito Santo em Portugal
Estaremos nós disponíveis a constituirmos verdadeiramente um só corpo e uma só alma em atos e palavras?
Estaremos, porventura, predispostos a fazer um êxodo de nós mesmos para abraçar o outro na diferença? Estaremos nós disponíveis para acolher a ação de Deus em nós e através de nós no mundo? Estaremos nós verdadeiramente ordenados a construir o Reino de Deus?
Estaremos, porventura, predispostos a escutar e a acolher o chamamento que Deus nos dirige cada dia? Estaremos nós disponíveis a fazer um êxodo de nós mesmos para centrar a nossa vida em Cristo e no seu evangelho? Estaremos nós verdadeiramente ordenados a converter a nossa resposta para Deus?
«Onde estás?» (Gn 3,9) O início do livro do Genesis professa um Deus, que no seu eterno amor, cria o ser humano, homem e mulher, à sua imagem e semelhança. O ser humano é, portanto, criado como uma paisagem onde Deus se contempla e a presença de Deus ganha a qualidade de um espelho…
Estaremos nós predispostos a deixar que Deus afine o nosso olhar para ver sempre bem, belo e bom? Estaremos nós disponíveis a dar altura à nossa visão, colocando-a à dimensão divina, e a dar-lhe profundidade, colocando-a à dimensão humana? Estaremos nós verdadeiramente ordenados a entrar na arte de ver a três dimensões a nossa missão que não se deseja plana mas global?
Estaremos nós predispostos a voltar para Deus, parando para dar a resposta verdadeira à pergunta essencial? Estaremos nós disponíveis a assumir o diálogo com Deus e com os irmãos como um momento de transformação simultaneamente pessoal e comunitária? Estaremos nós ordenados a saborear as grandes perguntas, para que elas não permaneçam no contexto do mero protocolo do diálogo?
“Óh Stor. Só agora é que percebi! Então o Natal, é tipo; a Revolução total para a humanidade”.
O esforço de «cuidar da casa comum» há de ser uma autêntica mobilização interior, uma verdadeira doação de nós mesmos em prol de uma causa que constitui o próprio sentido da nossa existência.
A “ética global de solidariedade” tem que partir de um permanente registo de reconciliação e inclusividade do outro e articula-se numa tensão positiva entre a experiência e a esperança, entre a memória e a construção do presente.
“Bebé no lixo no país da Web Summit” foi o título dum recente artigo de Eduardo Cintra Torres. Eu não saberia resumir melhor os acontecimentos que marcaram uma mesma cidade (e, por contágio, o país), duma mesma semana de novembro.