Missionário do Espírito Santo a trabalhar em Portugal.
A mensagem da Palavra do Senhor deste domingo é-nos apresentada através de várias contraposições: maldito / bendito; deserto / terra fértil; desgraçados / felizes. Trata-se de uma forma de nos levar a fazer escolhas, escolhas fundamentais e acertadas, das quais dependem a nossa realização, a nossa felicidade.
A liturgia deste Domingo, ao apresentar-nos a vocação de Jeremias, não pretende apenas dizer-nos como é que este homem foi chamado para ser profeta: ela quer-nos convidar a entrar no mistério da vocação.
Este é o caminho a ser percorrido, para que a Palavra de Deus possa ser acolhida no nosso coração de ‘escutantes’ e aí se transforme em luz e guia para as nossas vidas.
São tantas e tão variadas as mudanças que acontecem nos nossos dias, que nos é permitido afirmar que vivemos num tempo de mudança.
E sabemos como, perante a mudança, tanto podemos optar por ficar presos ao passado, num saudosismo amargo que leva a diabolizar e amaldiçoar toda e qualquer novidade, como podemos deixar-nos arrastar pelo seu turbilhão e ficar sem raízes, sem rumo e sem norte, devorados pela busca desenfreada de estar sempre em dia, isto é, de permanecer na crista desta onda gigantesca que é a mudança.
Como seria diferente a nossa Igreja e o Mundo, se todos os cristãos tivessem consciência de que, pelo Batismo, nos tornamos discípulos de Jesus, para O seguirmos incondicionalmente, irmãos entre irmãos para a vivência comunitária da nossa fé; e apóstolos, para, com Jesus e como Jesus, consagrarmos todas as nossas energias à construção do Reino!
4º Domingo do Advento – Se é verdade que o nascimento de Cristo, após os cálculos – não totalmente exatos – de Dionísio Exíguo, passou a ser o marco de referência para a contagem do tempo (antes e depois de Cristo), a sua grande novidade está noutro lado: o centro do mundo não é mais o “eu”, mas, sim, os outros e o Outro!
Porque está organizado à semelhança da Quaresma, também no Advento o 3º domingo é consagrado à alegria. “Clama jubilosamente”, “solta brados de alegria”, “exulta e rejubila de todo o coração”, “alegrai-vos sempre no Senhor” são expressões através das quais o Senhor nos convida à verdadeira alegria.
O desafio que, para este Advento, nos foi lançado – tornar a nossa Fé mais sólida, mais esclarecida, melhor celebrada e testemunhada – concretiza-se na Palavra do Senhor deste 2º domingo numa série de propostas, todas elas com o mesmo denominador comum: exigência e perseverança!
Que a celebração da Solenidade de Cristo Rei nos ajude a melhorar a qualidade da nossa visão, para podermos combater com as armas que Cristo usou!
As certezas que a Palavra do Senhor deste domingo nos deixa são o equipamento que nos permitirá fazermo-nos ao largo neste mar revolto da vida, em que as tempestades são frequentes e os perigos de naufrágio constantes.