Cântico: Te amarei, Senhor: FM, nº 284
Oração
“A quem iremos, nós, Senhor? Vós tendes palavras de vida eterna. O nosso único desejo está em Vós. Não queremos pensar senão em Vós. Não temos amor senão para Vós. Não queremos deixar-vos. Queremos unir-nos cada vez mais a Vós, porque ninguém mais tem esta palavra de vida que tanto nos alegra e vivifica”. Libermann
Experiência bíblica: Lc 5,12-13.15
“Estando Jesus numa das cidades, apareceu um homem coberto de lepra. Ao ver Jesus, caiu com a face por terra e dirigiu-lhe esta súplica: «Senhor, se quiseres, podes limpar-me». Jesus estendeu a mão e tocou-lhe, dizendo: «Quero, fica limpo». E logo a lepra o deixou. A sua fama espalhava-se cada vez mais, juntando-se grandes multidões para O ouvirem e para que os curasse de seus males. Mas Ele retirava-se para lugares solitários e entregava-se aí à oração”.
Experiência de Poullart des Places:
“Passava tempos consideráveis diante do Santíssimo Sacramento: passava aí os meus melhores e mais frequentes recreios. Rezava a maior parte do dia, mesmo andando pelas ruas, e ficava inquieto quando me apercebia que tinha perdido, por uns instantes, a presença d’Aquele que queria amar unicamente. Via pouca gente e gostava da solidão (…). Embora tivesse a honra de comungar frequentemente, não o fazia tanto como desejava. Ansiava este pão sagrado com tal avidez que, logo que o comia, não podia muitas vezes reter torrentes de lágrimas (…). Jesus crucificado ocupava-me a maior parte das vezes, e, não obstante o amor-próprio ainda me dominar, eu começava a violentar-me um pouco e a impor-me algumas mortificações, ao contemplar a cruz d’Aquele que eu amava (…). Não sabia novidades, não olhava nada de belo, não queria subtrair um momento ao meu Deus, não queria pensar senão n’Ele, e embora estivesse bem longe de pensar sempre n’Ele, e me distraísse, não deixava de ter o espírito cheio d’Ele, por vezes, durante o sono, e sempre, ao acordar”.
Experiência de Libermann
“Nunca fiz uma oração sobre as virtudes, nem sequer sobre as virtudes de Jesus e de Maria, e nunca pude tirar uma conclusão, nem tomar nenhuma resolução, no fim das minhas orações (…). Algumas vezes, atribuí isso ao desarranjo do meu sistema nervoso, outras, a uma incapacidade natural. Vejo que o meu espírito adquiriu uma certa força e elevação (…). Mas foi a graça sozinha que criou o que não existia, que fortaleceu o que era fraco e corrigiu o que era defeituoso. Isto é de tal modo verdadeiro e claro que, se me tornasse incrédulo, o meu espírito não poderia negar a existência e a acção da graça sobre mim (…). Em suma, nada adquiri, nem pelas luzes da inteligência, nem pela força da vontade, nem pela prática das virtudes. Deus deu-me tudo! Atraiu-me sem me pedir licença e com uma violência tal que, até hoje, ainda não vi em ninguém”.
Regra de Vida: RVE, 83-84
“Consagrado pelo Espírito Santo, Jesus exprime na oração o laço que o une ao Pai que o envia. Esta união impregna toda a sua vida apostólica, tanto na submissão à vontade do Pai como no anúncio do Reino (Jo 5,19)”.
“Também nós somos enviados, no seguimento de Cristo; a nossa vida apostólica alimentam-se da mesma fonte, pois, como Ele, somos consagrados a Deus e ao Seu desígnio de amor, para a salvação do mundo”.
Oração
Pai Santo, que sois admirável no vosso amor, concedei-nos a graça de ver confirmado pela Igreja o belo testemunho de fé e de santidade que Libermann nos deixou. E assim, iluminados pelo seu testemunho missionário, nos sintamos impelidos pelo Espírito a proclamar a Boa Nova da Salvação com renovado ardor. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Ámen!