Pré-Jornadas com Missão

Eu também saí da quente Amazónia para me deixar contagiar pela alegria, fé e abertura deste planeta jovem. Como os Espiritanos lançaram o desafio da Família Una, comecei por acompanhar os jovens em pré-Jornadas, espalhados por quatro pólos no norte, tendo como centro as Casas das Comunidades de Braga, Barcelos, Régua e Porto.

O eco dos gritos da Amazónia

A Amazónia que eu visitei vive tempos complicados, mas desafiantes. Percebe-se que o povo amplifica os sonhos do Papa Francisco para a Amazónia: o social, o cultural, o ecológico e o eclesial. Há perspetivas de futuro que se abrem. O povo é feliz e acolhe sempre de braços abertos, como pude verificar em todas as visitas que fiz. E está disposto a defender os rios e as florestas. Com gente feliz e com fé, é sempre possível inventar um mundo melhor.

De Fonte Boa a Panauã e Aratizau

O melhor do mundo são as pessoas. Encontramos gente com Fé, de braços abertos, mas a viver as consequências da distância e do abandono a que as populações ribeirinhas sempre foram votadas. Ali quase ninguém vai, o povo vive da pesca e da floresta, com um grande respeito pelos rios e lagos que os sustentam. Quem ali vai, como eu, percebe melhor o grito do Papa Francisco: ‘Tudo está interligado! É necessário proteger a Mãe-Terra, a nossa Casa Comum!’.

Em Tefé, Amazónia dentro

Levantei voo em Manaus rumo a Tefé, seguindo o Rio Solimões na direção da nascente, entrando no coração da Amazónia. Lá de cima, vê-se bem que é tempo de chuvas, pois as florestas estão alagadas e só se vê água e árvores. Aterrei no Tefé, uma cidade ribeirinha, com um calor abafado e difícil de suportar, a capital da castanha do Pará (como provam as estátuas), construída há 168 anos (como dizem os cartazes), junto ao lago com o mesmo nome, uma espécie de baía do grande Solimões.

Ação Missionária – Julho 2023

Ao lado das vítimas do clima. Estando em missão em 60 países nos cinco continentes, os espiritanos partilham as consequências e os dramas de tantas populações vítimas das condições adversas da natureza, e procuram minorar o sofrimento de quem vê a sua vida afetada pelas tragédias climáticas. Neste número partilhamos o testemunho que nos chega de dois países, através do Gabinete Central de Desenvolvimento, o organismo da Congregação que acompanha e apoia projetos de desenvolvimento sustentável ou intervém em situações de crise onde os espiritanos trabalham. Concretamente, viajamos até à Nigéria e à Etiópia. Duas situações opostas – numa, inundações pelo excesso de chuva; noutra, seca por falta de água – mas resultando as duas em crise humanitária onde a presença dos missionários faz a diferença.