Marisa Alves | JSF Centro
Quando falo deste projeto, sinto logo aquelas borboletas na barriga, aquele nervozinho maroto, que faz com que uma pessoa tropece nas palavras. Eu bem tento transmitir por palavras o que vivi em São Paulo, mas não têm sido pêra doce.
Dois anos a imaginar como seria este mês em missão, fez com que criasse muitas expectativas, receios, nervosismos. Sentimentos que a partir do momento em que chegamos a São Paulo, foram substituídos pela alegria de estar ali, e comunhão com as comunidades que nos acolhiam.
![Ponte 2021 Logo](https://espiritanos.pt/wp-content/uploads/2021/10/ponte-2021-logo.jpg)
A vivência com a comunidades de São Paulo, deram um novo ênfase a algumas palavras do quotidiano. Agora sei que acolher é algo que se faz braços abertos, com tudo o que se pode oferecer, com carinho, alegria, curiosidade e sem nenhum preconceito. Foi assim que fui recebida e que procuro receber o próximo na minha comunidade. Que igreja viva, é uma igreja que literalmente olha pelo outro e pergunta como ele está e o que precisa, não como forma de fazer conversa, mas de ajudar com o que poder das mais diversas formas. Aprendi que estamos aqui para ser incomodados, no sentido que se queremos servir, não existe hora ou lugar oportuno.
![Ponte 2021 Alimentos Vestuario](https://espiritanos.pt/wp-content/uploads/2021/10/ponte-2021-alimentos-vestuario.jpg)
Deus fez nos irmãos, depois desta experiência reconheço que cuidar do irmão não é preciso muito mais do que força de vontade, amor e dar do seu tempo. Estarei eternamente grata por ter tido a oportunidade de fazer parte desta ponte. Creio que a minha missão não culmina neste mês, pelo contrário sinto que só agora começou, e espero continuar a viver a missão neste chão.