Marisa Alves | JSF Centro
Quando falo deste projeto, sinto logo aquelas borboletas na barriga, aquele nervozinho maroto, que faz com que uma pessoa tropece nas palavras. Eu bem tento transmitir por palavras o que vivi em São Paulo, mas não têm sido pêra doce.
Dois anos a imaginar como seria este mês em missão, fez com que criasse muitas expectativas, receios, nervosismos. Sentimentos que a partir do momento em que chegamos a São Paulo, foram substituídos pela alegria de estar ali, e comunhão com as comunidades que nos acolhiam.
A vivência com a comunidades de São Paulo, deram um novo ênfase a algumas palavras do quotidiano. Agora sei que acolher é algo que se faz braços abertos, com tudo o que se pode oferecer, com carinho, alegria, curiosidade e sem nenhum preconceito. Foi assim que fui recebida e que procuro receber o próximo na minha comunidade. Que igreja viva, é uma igreja que literalmente olha pelo outro e pergunta como ele está e o que precisa, não como forma de fazer conversa, mas de ajudar com o que poder das mais diversas formas. Aprendi que estamos aqui para ser incomodados, no sentido que se queremos servir, não existe hora ou lugar oportuno.
Deus fez nos irmãos, depois desta experiência reconheço que cuidar do irmão não é preciso muito mais do que força de vontade, amor e dar do seu tempo. Estarei eternamente grata por ter tido a oportunidade de fazer parte desta ponte. Creio que a minha missão não culmina neste mês, pelo contrário sinto que só agora começou, e espero continuar a viver a missão neste chão.