Desde há uns anos para cá, muito se tem falado de migrações, sobretudo pelo fenómeno que ocorre diariamente no Mediterrâneo, onde milhares de pessoas procuram uma vida digna desse nome, fugindo muitas vezes de autênticos infernos. Muito antes de ser notícia, já a Igreja se preocupava por aqueles que são estrangeiros, respondendo ao repto divino: «Não violarás o direito do estrangeiro e do órfão, nem receberás como penhor o vestido de uma viúva. Lembra-te que foste escravo no Egipto e que o SENHOR, teu Deus, dali te libertou» (Deut 24, 17-18a).
A Obra Católica das Migrações procura sensibilizar «em parceria com outras organizações da Igreja, a sociedade civil, as dioceses, as paróquias, congregações religiosas e movimentos para a realidade dos migrantes, deslocados, irregulares e refugiados».
E muito tem feito… mas muito há por fazer!
Por ocasião do Dia Mundial do Refugiado, a 20 de Junho, enquanto a OCPM publicava um manifesto onde “Acolher, promover, proteger e integrar” eram as palavras de ordem, a Hungria promulgava uma lei a criminalizar a ajuda aos refugiados, ao mesmo tempo que em Itália e nos Estados Unidos se assistia a autênticos atropelos à dignidade humana.
Como discípulos de Cristo, não deixemos que o silêncio nos torne cúmplices destes actos sem humanidade.