O Papa Francisco instituiu a Festa de Santa Maria, Mãe da Igreja, a celebrar na segunda-feira de Pentecostes.
A Mãe de Jesus está muito presente na vida e na Missão deste Papa latino-americano. Na sua 1ª Exortação Apostólica, ‘A Alegria do Evangelho’, o Papa atribui-lhe cinco números, com o título ‘Maria, a Mãe da Evangelização’. Ali diz que Cristo ‘não quer que caminhemos sem uma Mãe’ (nº285). Mais à frente escreve: ‘Maria é aquela que sabe transformar um curral de animais na casa de Jesus, com uns pobres paninhos e uma montanha de ternura. (…). Como uma verdadeira Mãe, caminha connosco, luta connosco e aproxima-nos incessantemente do amor de Deus’ (nº286). Por fim, confessa que ‘sempre que olhamos para Maria, voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do afecto’ (nº288).
Na Encíclica ‘Laudato Si’, o Papa evoca a Rainha de toda a criação: ‘Maria, a Mãe que cuidou de Jesus, agora cuida com carinho e preocupação materna deste mundo ferido’ (nº241).
Mas Maio rima com Fátima e, neste santuário mariano, o Papa Francisco gritou: ‘Temos Mãe!’. Com um milhão de pessoas, rezou: ‘Peregrino da paz que neste lugar anuncias, louvo a Cristo, nossa paz e para o mundo peço a concórdia entre todos os povos’. E, um pouco mais tarde, pediu a Maria: ‘Vê as dores da família humana que geme e chora. Faz-nos peregrinos como peregrina foste tu’.
Agora, na 3ª Exortação Apostólica, ‘Alegrai-vos e Exultai’, Francisco apresenta Maria como aquela que ‘viveu como ninguém as Bem-Aventuranças de Jesus (…). É a mais abençoada dos santos entre os santos, aquela que nos mostra o caminho da santidade e nos acompanha. (…). Conversar com ela consola-nos, liberta-nos, santifica-nos’ (nº176).
Maria é um modelo missionário de perfeição. A disponibilidade para servir os mais pobres está presente na sua visita à prima Isabel. O nascimento nas periferias de Belém mostra a sua experiência de vida simples e pobre. A intervenção nas bodas de Caná prova a sua preocupação com a alegria e a festa. O caminho do Calvário e a experiência da ‘Pietà’ são, para o mundo, testemunho de coragem e de amor de Mãe. A presença no Cenáculo, naquela manhã de Pentecostes, torna-a membro qualificado da Igreja desde o primeiro dia!
O Papa Francisco, ao instituir esta nova Festa na Igreja, convida-nos a tomar mais a sério a importância da ternura e da maternidade na vida dos cristãos hoje. É um desafio a que é urgente responder.