Papa Francisco
O grande líder da Igreja católica não para de surpreender. Limitado fisicamente, decidiu adiar as arriscadas visitas ao Canadá, à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul. Mas mantém para 27 de agosto um Consistório para a criação de 21 novos cardeais. Na maioria dos casos, os nomes são surpreendentes: o jovem Bispo da Mongólia, D. Giorgio Marengo, Missionário da Consolata, 48 anos, é o nome mais inesperado. Mas surgem na lista os Bispos de Timor e de Goa e Damão, bem como o de Wa no Gana, de Ekwulobia na Nigéria, de Manaus, na Amazónia brasileira e de Assunção, no Paraguai. Ser Cardeal não é mais um título de pompa, mas uma Missão.
Cardeal Ndzapalainga
Era, até agora, o cardeal mais jovem da Igreja. Arcebispo de Bangui, na República Centroafricana (RCA), este missionário Espiritano tem dado o corpo às balas para tentar a pacificação do seu povo, fraturado e martirizado por ondas de enorme e mortífera violência. O livro ‘Vim trazer a Paz’, de Laurence Desjoyaux (francês) e o filme ‘Siriri’, de Manuel von Stürler (suíço), mostram a missão corajosa deste Bispo missionário que não tem medo porque, como diz, ‘a sua vida já foi entregue!’. A mediatização das suas intervenções tem posto a nu a tragédia que vitima o povo centro-africano, bem como a importância das Religiões na construção da paz.
Porte e uso de armas
A notícia correu o mundo, provocando ondas de choque: 19 crianças e 2 adultos foram mortos a tiro por um jovem de 18 anos, no Texas (EUA). Mais uma vez se levantaram vozes, uns a condenar a circulação de armas e outos a pedir mais acesso a elas para defesa pessoal. Parece óbvio que, quando temos acesso fácil a armas, também as podemos utilizar mais facilmente: já foram cerca de 200 os tiroteios nos EUA só em 2022! A história recente tem provado isso. Entre os contestatários está o Papa Francisco que, afirmando-se de coração partido perante tal tragédia, rezou pelas crianças, adultos e famílias e gritou: ‘é tempo de dizer basta ao tráfico indiscriminado de armas’.
Deslocados de guerra
Os números oficiais não param de crescer e de pôr em causa a consciência da humanidade. A guerra na Ucrânia – diz o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR) – fez disparar números que já eram elevados: são agora mais de 100 milhões os deslocados! A solução, segundo as Nações Unidas, passa por ações globais que promovam a paz e evitem, na sua raiz, as deslocações forçadas de populações. As razões de fuga são diversas, desde combates até perseguições. Além da Ucrânia, o ACNUR chama a atenção para a violência instalada na Etiópia, no Burkina Faso, em Myanmar, na Nigéria, no Afeganistão e na República Democrática do Congo.