Talitha kum
Mais que uma organização humanitária é uma onda de humanidade. Fundada pela União das Superioras Gerais das Congregações Religiosas, esta instituição combate todas as formas de tráfico humano, sobretudo as que vitimas mulheres. Quando pensamos que a escravatura acabou há muito, estamos bem enganados. São hoje milhares e milhares as vítimas deste tráfico, presas fáceis de redes que enganam e não deixam espaço para sair do círculo fechado onde caem. O Papa Francisco chamou a atenção para as muitas mulheres que se prostituem nas ruas de Roma, vítimas deste tráfico. Talitha Kum empenha-se na sua libertação e reabilitação.
Monferrato
Todos os domingos, às 12h de Roma, o Papa vem à janela para rezar, falar e abençoar a multidão que se reúne na praça der S. Pedro para o Angelus. 6 de fevereiro foi especial. O Papa emocionou-se ao contar a história de John, um jovem imigrante do Gana, a viver e trabalhar em Monferrato, Itália. Ao saber que sofria de um cancro em fase terminal, disse que queria morrer nos braços de seu pai. O povo de Monferrato uniu-se e juntou dinheiro para a viagem. Ele partiu e morreu abraçado ao pai e rodeado pela sua família. Uma belíssima história de amor…
Marrocos
O mundo acordou assustado por todos os media a 1 de fevereiro. Uma criança caiu a um poço de boca estreita, mas com 30 m de fundo. De terça a sábado, foram usados todos os meios e activados todos os dinamismos de solidariedade à escala do planeta. As notícias, em directo, deram sempre lugar à esperança e os vizinhos não arredaram pé do local, apoiando a família nesta hora. Os sinais que vinham do fundo do poço foram sempre animadores. A criança foi retirada no sábado, mas não resistiu. A desgraça da morte foi envolvida e amenizada pela onda de solidariedade gerada.
Mutilação genital feminina
Não se sabe bem porquê, mas esta prática tornou-se comum em diversos países e continua a fazer vítimas. Hoje é crime em quase todo o mundo e o seu combate deu origem ao Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. Os partos são, nos hospitais, os momentos favoráveis para a detecção desta prática e, a título de exemplo, o Hospital Amadora-Sintra, em Portugal, já descobriu 217 mulheres vítimas. A União Europeia considera que a MGF é uma prática horrível e que deve ser criminalizada por constituir uma violação frontal dos direitos humanos.