Chama-se “É um restaurante” e é um projeto da Associação Crescer (que trabalha com pessoas em situação de vulnerabilidade desde 2001), em parceria com a Câmara Municial de Lisboa.
Nele trabalha uma dúzia de pessoas que por “tempos” tinham a rua por casa. Um divórcio, um desemprego… tantas são as razões para a vida ser vivida à margem!
Depois de dois anos a recolher parceiros e de aulas na escola de turismo e hotelaria, uma equipa de sem-abrigo está agora a servir às mesas, a comandar a sala e a desenvolver os pratos, sendo a carta criada pelo chef consultor Nuno Bergonse. Sentimos nos utentes deste projecto de apoio social, a gratidão de alguem ter acreditado e apostado. Na sala, o chef partilhava connosco o desejo de que as pessoas venham pelo projeto e voltem pela comida.
Sim, vale a pena degustar a comida e deliciarmo-nos com quem nela trabalha com dignidade. É uma oportunidade de criar currículo de ganhar uma alavanca para integração na sociedade. A comida tem nomes de sabores de tradição, com inovação, desde sopa de castanha com funcho e marmelada, passando pelas bochechas de porco, pudim de azeite… propostas sempre com o sentido de partilha entre os comensais.
É um lugar onde a chave é a oportunidade, dignidade e partilha.