Cântico: Tenho que gritar: FM, nº 285
Oração
“Como seria feliz, meu Jesus, se pudesse consolar o vosso Coração magoado por tanta dureza dos nossos. Dai-me a conhecer todos os efeitos do vosso amor nas almas. Como seria feliz, Senhor Jesus, se me concedêsseis este favor! Acreditaria em Vós com toda a minha alma, com a ajuda da vossa graça, e desejaria desfazer-me em amor diante de Vós, a cada palavra divina saída da vossa boca”. Libermann
Experiência bíblica: Is 6,1a.2a.3a.5-8
“No ano em que morreu o rei Ozias, vi o Senhor sentado num trono. Os Serafins estavam diante d’Ele. E clamavam uns para os outros e diziam: «Santo, santo, santo é o Senhor». Então eu disse: «Ai de mim, que estou perdido, porque sendo um homem de lábios impuros, que habita no meio de um povo também de lábios impuros, vi, com os meus olhos, o Rei, Senhor dos exércitos»! Porém, um dos serafins voou na minha direcção; trazia na mão uma brasa viva, que tinha tirado do altar com uma tenaz. Tocou com ela a minha boca e disse: «Tendo esta brasa tocado nos teus lábios, a tua culpa foi tirada, apagado o teu pecado». E ouvi a voz do Senhor que dizia: «Quem enviarei Eu? E quem irá por nós?» Então eu disse: «Eis-me aqui, enviai-me»”.
Experiência de Poullart des Places: ME, nº16/17, p 43
“Vem a propósito recordar aqui esses momentos de fervor que tive a felicidade de experimentar no início do meu regresso a Deus. Quais eram então os meus pensamentos e os meus desejos, a minha maneira de viver e as minhas ocupações habituais?… Quase não podia pensar senão em Deus. A minha maior pena era não pensar sempre n’Ele. Não desejava senão amá-l’O, e, para merecer o seu amor, tinha renunciado até às coisas mais lícitas da vida. Desejava ver-me um dia despido de tudo, a viver apenas de esmolas, depois de tudo haver dado. De todos os bens temporais, nada queria guardar a não ser a saúde para dela fazer um total sacrifício a Deus no trabalho das missões. E sentir-me-ia imensamente feliz, se, após ter abrasado o mundo inteiro com o amor de Deus, pudesse dar até à última gota o meu sangue por Aquele cujos benefícios tinha quase sempre presentes”.
Experiência de Libermann: LS, IV, 127-128; 230
“Parece-me que é necessário prosseguir com o nosso projecto para a salvação da África. Sempre experimentaremos dificuldades na execução dos nossos desígnios. Se queremos desanimar por causa das dificuldades, não vale a pena começar a nossa obra. Aliás, precisamos delas, a fim de provar a nossa fidelidade a Deus. Neste sentido, vejo que não haverá, para mim, mais repouso nem satisfação neste mundo. Penas e cuidados, até ao fim da vida! Tanto melhor. Estou pronto para tudo. O que não posso é abandonar tantos povos infelizes de que Deus parece mandar-me que cuide”.
“Desde que Deus me colocou nesta obra, jamais tive um instante de paz e de consolação (…). Deus ata-me e prende-me a esta obra crucificante, mas cara ao meu coração. Sinto bem que, para obedecer à sua poderosa vontade (…), é preciso que sacrifique o meu repouso, a minha consolação, a minha felicidade, e, o que é bem mais, o meu progresso espiritual, pelo qual não posso doravante fazer mais nada.”
Regra de Vida: RVE, 3a.11
“ «A vida apostólica» está no coração da nossa vocação espiritana: é «a vida de amor e santidade que o Filho de Deus levou na terra, para salvar e santificar as almas, e pela qual se sacrificou continuamente à glória do Pai para a salvação do mundo» (N.D., 505)”.
“Participamos, em Igreja, na missão de Cristo, proclamando a salvação que é dom de Deus, libertação de tudo o que oprime o homem, alegria de conhecer o Senhor e de ser por Ele conhecido em comunhão com Ele e com todos os homens (cf. E.N., 9)”.
Oração
Pai Santo, que sois admirável no vosso amor, concedei-nos a graça de ver confirmado pela Igreja o belo testemunho de fé e de santidade que Libermann nos deixou. E assim, iluminados pelo seu testemunho missionário, nos sintamos impelidos pelo Espírito a proclamar a Boa Nova da Salvação com renovado ardor. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Ámen!