“Vede! Algo de novo está a surgir”, logo escolhido para a preparação e celebração do XXI Capítulo Geral da Congregação do Espírito Santo, realizado em Bagamoyo, em outubro passado, serviu para enquadrarmos o 1º encontro de Formação de Líderes Espiritanos, realizado de 4 a 5 de Dezembro, no Seminário da Torre d`Aguilha. Há já alguns anos atrás que o CAME, Conselho da Animação Missionária Espiritana, que é formada por 18 membros, delegados dos movimentos leigos espiritanos e de projetos ou obras que integram a missão espiritana ad intra, projetou um tipo de formação que pudesse responder aos desafios e compromissos que se colocam a um líder espiritano, leigo ou professo.
Era difícil, há 20/30 anos atrás, convocarmos um encontro com esta configuração: espiritanos professos, leigos coordenadores dos movimentos laicais e grupos espiritanos e leigos coordenadores de projetos ou obras espiritanas. Os objetivos deste encontro foram referidos pelo P. Provincial, no convite que dirigiu aos participantes: “desde há muito que, em reuniões e encontros de partilha, muitos de nós temos vindo a reafirmar a necessidade de desenvolver e aprofundar a nossa formação, sobretudo no que se refere às ferramentas e competências para o exercício do nosso serviço, enquanto líderes dos grupos e movimentos a que pertencemos”. E assim aconteceu neste encontro, com a presença de 46 professos e leigos, a serem protagonistas desse sonho: algo de novo está a surgir!
O maestro Paulo Lourenço fala sobre “A liderança como Missão”
O programa foi construído para abordar os domínios da liderança e gestão de pessoas, conscientes que estamos da importância de uma boa liderança na forma como enfrentamos os desafios que se nos apresentam. A convicção de que hoje a transmissão do carisma espiritano é feita em grande escala pelos leigos que exercem responsabilidade de liderança e coordenação dos movimentos e obras espiritanos, levou-nos a dedicar um primeiro momento do encontro a dois aprofundamentos: “a missão que nos foi confiada: revisitar as raízes da Família Espiritana” e, “os desafios da missão hoje, a partir do pensamento do Papa Francisco e do XXI Capítulo Geral dos Espiritanos”.
Um tempo razoável, permitiu-nos, com a presença de excelentes intervenientes, abordar temáticas misturadas com dinâmicas, que nos ajudam nas situações concretas de gestão de liderança: a liderança como missão, teatro fórum, motivação e gestão das emoções na liderança, liderança e gestão de tempo e gestão de conflitos e cultura de feedback. E até o serão de sábado deu tempo para explorar e identificar tipos de lideranças, a partir da visualização do filme «A fuga das galinhas».
“Expedição espiritana na missão de hoje” foi o conteúdo do último bloco formativo. Começamos por colocar o cimento que ajuda a moldar as relações mútuas entre professos e leigos, ao serviço da missão espiritana, para depois nos colocarmos uma questão que é ponto de partida e ponto de chegada para qualquer líder com perfil cristão: “tendo como referência o espírito de liderança de Jesus, como levar a bom porto a missão espiritana”?
Oração da manhã no exterior
Certamente, num encontro desta densidade e significado não poderia faltar um momento projetivo: «qual o espírito e quais as ferramentas de que eu tenho que me apetrechar para liderar o meu movimento/instituição e o que é que o meu movimento/instituição pode aportar á missão espiritana, e de que forma é que eu, enquanto líder, posso ajudar a concretizar esta missão?”. Com estas questões na bagagem e com uma avaliação altamente positiva do encontro, a culminar com uma Eucaristia final de compromisso e envio, ficou a vontade, bem expressa, de continuar este tipo de ações formativas.
Claramente, quisemos, através desta iniciativa, cruzar competência e excelência profissional com motivação e inspiração para a missão que nos está confiada. “Termos a oportunidade de, em Família, nos formarmos, crescermos juntos para uma melhor vivência do carisma espiritano na construção do Reino de Deus aqui e hoje, à nossa volta, na concretização da Missão da Família Espiritana em cada uma das suas obras, foi e é uma graça muito grande!”