José da Cunha Duarte, filho de António Duarte da Cunha e de Maria da Conceição, nasceu a 26 de janeiro de 1940, na freguesia de Bustelo, concelho de Penafiel, distrito do Porto.
Feitos os estudos primários, entrou para o seminário de Godim – Peso da Régua – a 1 de outubro de 1953 e prosseguiu os seus estudos nas diferentes casas de formação da Província: Fraião – Braga, Silva – Barcelos e Torre d’Aguilha – Cascais.
Fez os primeiros votos religiosos, na Silva, a 8 de setembro de 1962 e foi ordenado presbítero, em São Domingos de Rana, a 11 de agosto de 1968.
Depois da sua ordenação, foi nomeado subdiretor do seminário de Godim, onde viria a fazer a consagração ao apostolado a 15 de dezembro do mesmo ano.
Para cumprir as suas obrigações de serviço militar, após um curso na Academia Militar de Lisboa, em 1972, aceitou o convite para ser capelão militar em São Tomé e Príncipe, onde permaneceu até à véspera da independência das ilhas.
Em 1975, de regresso a Portugal, é nomeado coadjutor da paróquia de São Domingos de Rana.
Em 1980, é nomeado pároco de São Brás d’Alportel e foi na diocese do Algarve que exerceu a maior parte da sua atividade missionária.
Em 1991, é nomeado administrador da paróquia de Olhão e, de 1992 a 1997, exerce o seu ministério como pároco de Olhão.
Em 1997, fez uma pausa de ano sabático no Instituto Católico de Paris e, em 1998, voltou a ser nomeado pároco de São Brás d’Alportel, cargo que exerceu até 2017.
Grande parte do seu ministério exerceu-o em comunidade espiritana com o seu irmão Afonso Duarte. Ao longo destas três décadas, dinamizou a Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel; empenhou-se na construção de alguma capelas; fundou a Escola de Música Paroquial, o Centro Sociocultural da Paróquia e o Grupo Juvenil de Acordeonistas; promoveu a criação da Casa da Cultura António Bentes e do Museu Etnográfico do Trajo Algarvio; reinstituiu a Procissão de Aleluia, no Domingo de Páscoa; apoiou a instalação do Corpo Nacional de Escutas, Agrupamento 1330 de São Brás de Alportel e promoveu a criação do grupo de Cáritas Diocesana que trabalha em articulação com os Serviços Sociais da Câmara Municipal de São Brás d’Alportel.
O seu interesse pela comunicação levou-o a criar boletins de informação nas várias paróquias por onde passou e, em 1998, o jornal mensal VilAdentro. Juntamente com o seu irmão P. Afonso Cunha, fez vários estudos e publicou as obras “Natal no Algarve – Raízes Medievais” e o “Natal no Algarve II – Teatro”.
Em 2018, o P. José Cunha deixou o Algarve para passar a residir na casa de família em Penafiel.
Devido à fragilidade da sua saúde, tinha sido internado há semanas no hospital de Penafiel onde viria a falecer na tarde de 26 de agosto de 2025.
Damos graças a Deus pela vida de entrega à missão espiritana do P. José Cunha e que o Senhor da Vida receba o seu fiel servidor no Seu Reino Celeste.