Missionário do Espírito Santo a trabalhar em Portugal.
É o mês mais espiritano, sem dúvida. Para nós fevereiro inicia com a morte do fundador Francisco Libermann no dia 2 e termina com a morte do beato Daniel Brottier no dia 28. Mas não é de mortes que vos quero falar, mas de nascimentos, sabendo bem que as mortes também o são (nascimentos).
Foi há cem anos. No dia 12 de janeiro de 1920 aconteceu a tragédia do naufrágio do paquete “Afrique” que partindo da França se dirigia para o Senegal. A bordo seguiam 602 pessoas, sobrevivendo apenas 34. Entre as vítimas desse naufrágio conta-se o bispo do Senegal Monsenhor Jalabert e mais 20 missionários, todos espiritanos.
Já lá vão uns anos. Estava na igreja de Minas de São Domingos, no Alentejo. Tentava convencer uma senhora que não devia trazer o cachorro quando vinha à missa, pois a igreja não era lugar para cães, quando ela me atira: “Se o canito pode estar ao pé do santo, porque não pode estar ao pé da gente?”
Santo Éfrem, o Sírio, que de ignorante não tinha nada. Teólogo, poeta e músico, ficou conhecido na tradição cristã como “a cítara do Espírito Santo”.
Uma vez por ano peregrinamos até àquela quarta-feira para reconhecer que somos pó mas deste pó Deus nos criou à sua imagem. Bendito seja a cinza e o Senhor que a criou e dela nos salvou.
Que 2019 nos traga boa política ao serviço da paz. Mas só haverá boa política se houver bons políticos que não troquem os advérbios.
Deve ser uma “fake news”, como agora se diz das mentiras de sempre. O caso passou-se nos Estados Unidos, onde um bispo, visitando um colégio católico, explicou aos alunos que o Pai Natal não existe, mas é um personagem que foi criado a partir da história de São Nicolau.
Por estes dias dei por mim a recuar 30 anos e dois continentes para lembrar um encontro que me ficou no coração.
Confesso, cheguei lá pelo nome. Para mim não é fácil encontrar um xará, muito menos na lista dos santos. Mais tarde tive de estudar a sua obra, ele é um dos primeiros apologistas cristãos. Viveu no século II, por isso a sua escrita tem a pureza da proximidade da nascente. Estou a falar de Santo Aristides de Atenas, cuja memória a Igreja celebra a 31 de agosto.
Razão tem o Livro de Ben-Sirá: “Se soprares a uma faúlha, ela inflama-se; se cuspires sobre ela, ela apaga-se; ambas as coisas saem da tua boca” (Sir 28,12).