A Jornada Mundial da Juventude que decorreu, recentemente, no Panamá terminou com o anúncio da alegre novidade (pouco nova) de que a próxima se realizará em 2022 em Lisboa.
Mas, a propósito da Jornada, gostava de me deter na mensagem de preparação que o Papa Francisco enviou aos jovens, crentes e não crentes, através do YouTube, em que propõe uma “revolução do serviço”. Achei piada a esta forma inclusiva de pôr as coisas: para os que acreditam e para os que não acreditam.
Muitos são os jovens que na conclusão dos seus estudos desejam experimentar o voluntariado de curta ou longa duração, no sentido de ajudar os outros nos seus variados problemas. E se, para os cristãos, o serviço a Deus e ao próximo resume os mandamentos da lei de Deus, para jovens não crentes o serviço terá outra leitura.
Os voluntários que se dizem “sem fé”, em que é que acreditam? Nas suas próprias forças? O que os leva a serem estes “revolucionários do serviço”? O que é que os move? Francisco convida todos, sem exceção, a serem a força transformadora do mundo, a descobrirem a sua vocação, a sairem de si mesmos para se porem ao serviço dos outros.
Cada jovem crente perguntará, muito provavelmente: Deus, o que queres de mim? Os cristãos podem contar com o exemplo de Maria, mãe, jovem, revolucionária, transformadora, serva. Quem serão os exemplos dos que não acreditam? O Papa sublinha que as propostas que Deus tem para nós “não são para apagar sonhos mas para acender desejos”.
Tal como a proposta bem-sucedida de Deus a Maria, Deus quer que a nossa vida dê fruto, diz o Papa. E reforça que “responder afirmativamente a Deus é o primeiro passo para ser feliz e tornar felizes muitas pessoas”.
O serviço é um caminho de felicidade e a felicidade é aquilo que todos buscamos. Se calhar, já todos os voluntários responderam sim a Deus, só que alguns ainda não sabem que o fizeram. Crentes, não crentes, uma coisa é certa: o Papa deposita esperança em todos.