Desde o dia 22 ao 29 de Setembro, 22 pessoas, ligadas à grande Família Missionária Espiritana, caminhámos nos passos de Jesus. A LIAM, a nível nacional, decidiu, deste modo, no âmbito jubilar dos seus 80 anos de vida e de missão realizar a Peregrinação à Terra Santa.
Mais que ver um país diferente ou passar uns dias de férias na companhia de amigos e de desconhecidos, esta viagem à Terra de Jesus de Nazaré tinha como objectivo ‘peregrinar’ nos passos de Jesus Cristo, isto é, ir de peregrino de Deus para comtemplar e meditar nos passos de Jesus, vivendo uma caminhada de fé de missão com os outros, descobrindo que os locais por onde Jesus passou continuam a desafiarmos a ser discípulos missionários como aconteceu com os apóstolos e tantos outros que, ao longo da história, se têm adentrando nos espaços tocadas pelo Deus feito homem por nossa causa.
O itinerário desta peregrinação jubilar previa visitar e caminhar nos lugares mais importantes na vida terrena de Jesus, indo até esses locais onde a aventura da Igreja, como novo Povo de Deus, se iniciara há mais de dois mil anos; previa também ver e sentir aquela longa estrada de Jericó, tão falado no passado ano da misericórdia; considerava que os peregrinos contemplassem a grande e moderna Jerusalém, desde o Monte das Oliveiras, levando-nos a imaginar o que seria no tempo de Jesus e inúmeras vezes Ele ali esteve. Assim estava escrito, programado, planeado no roteiro.
No entanto, mais que viver 7 dias de acordo com um programa pré-elaborado, graças ao guia israelita que nos acompanhou, sr. Alfredo Levin, podemos rezar onde Jesus rezou, palmilhou o que com muita certeza palmilhou e podemos sentir na pele o calor que Ele sentiu. Dos inúmeros lugares que visitámos, guardo em memória enriquecida e agradecida, a subida a Jerusalém com a respectiva paragem no Monte Scopus e, posteriormente ida ao das Oliveiras. Como não sentir o que Jesus sentiu ao contemplar tal cidade. Como ficar indiferente depois da subida a esta cidade tendo antes atravessado Jericó, descendo da Galileia para a Judeia.
No último dia, um dos peregrinos, enquanto de autocarro nos deslocávamos para o aeroporto onde embarcaríamos rumo ao nosso lar, confidenciou dizendo que visitar e peregrinar na Terra Santa refresca a alma, descansa o corpo e eleva o nosso espírito. Pessoalmente, acho que tem razão, mas mais que criar refrãos ou adágios, peregrinar e comtemplar a terra que viu um dia passar o filho de Deus feito carne, leva-nos ao coração do Deus Trindade que se fez um de nós e nos desafia a que saíamos ao encontro dos nossos irmãos num mundo tão dividido e necessitado de fraternidade.
Bem-haja a todos e até à próxima!
P. Tiago Barbosa