10 de dezembro é o Dia Mundial dos Direitos Humanos. A Paz, porque exigida pela Vida, é um dos direitos mais recordados pelo papa Francisco. A Basílica de São Pedro, a 27 de Outubro, acolheu a Hora de oração ‘Pacem in terris’. O Papa Francisco gritou: ‘Mãe de Deus e nossa, recorremos a ti, refugiamo-nos no teu Coração imaculado. Invocamos a misericórdia, Mãe da misericórdia; a paz, Rainha da paz! Sacode as almas dos que estão presos pelo ódio, converte os que alimentam e fomentam os conflitos. Seca as lágrimas das crianças – nesta hora choram tanto!’.
Daí para cá, sempre o Papa rezou pela Paz. A 15 de Outubro, no Angelus, disse: ‘Continuo a seguir com muita dor o que está a acontecer em Israel e na Palestina. Penso em muitos, especialmente nas crianças e nos idosos. Renovo o apelo pela libertação dos reféns e peço vivamente que as crianças, os doentes, os idosos, as mulheres e todos os civis não sejam vítimas do conflito. O direito humanitário deve ser respeitado, especialmente em Gaza, onde é urgente e necessário garantir corredores humanitários e socorrer toda a população. Irmãos e irmãs, já morreram tantos. Por favor, que não se derrame mais sangue inocente, nem na Terra Santa, nem na Ucrânia, nem em lado nenhum! Basta! As guerras são sempre uma derrota, sempre!’
No Angelus do domingo 22, disse: ‘Mais uma vez o meu pensamento se volta para o que está a acontecer em Israel e na Palestina. Estou muito preocupado, aflito, rezo e estou próximo de todos aqueles que sofrem, os reféns, os feridos, as vítimas e as suas famílias. Penso na grave situação humanitária em Gaza e entristece-me que o hospital anglicano e a paróquia greco-ortodoxa também tenham sido atingidos nos últimos dias. Exorto os crentes a estarem só de uma parte neste conflito: a da paz; mas não com palavras, com a oração, com a dedicação total’.
E, no domingo seguinte, dia 29, pediu: ‘‘Continuemos a rezar pela Ucrânia e também pela grave situação na Palestina e em Israel e pelas outras regiões em guerra. Em Gaza, em particular, que haja espaço para garantir a ajuda humanitária e que os reféns sejam imediatamente libertados. Parai, irmãos e irmãs! A guerra é sempre uma derrota, sempre!’.
A Celebração dos Fiéis Defuntos foi no Cemitério de Guerra de Roma. O Papa rezou: ‘Hoje, pensando nos mortos, acarinhando a memória dos mortos e conservando a esperança, peçamos ao Senhor a paz, para que os homens não se matem mais nas guerras. Tantos inocentes mortos, tantos soldados que deixam a sua vida. Mas isto, porquê? As guerras são sempre uma derrota, sempre. Não há vitória total, não. Sim, um vence o outro, mas por trás disso há sempre a derrota do preço pago’.
No Angelus de 5 de novembro, o Papa insistiu: ‘Não paro de pensar na grave situação que se vive na Palestina e em Israel, onde tantas pessoas perderam a vida. Por favor, parem, em nome de Deus: cessar-fogo! Espero que todas as vias sejam seguidas para que se evite a todo o custo um agravamento do conflito, que os feridos possam ser ajudados e que a ajuda chegue à população de Gaza, onde a situação humanitária é muito grave. Os reféns devem ser libertados imediatamente. Entre eles há muitas crianças, que regressem às suas famílias! Sim, pensemos nas crianças, em todas as crianças envolvidas nesta guerra, como na Ucrânia e noutros conflitos: isto está a matar o seu futuro. Rezemos para ter a força de dizer “basta“.
O Papa Francisco, na Audiência de 8 de Novembro pediu: ‘Pensemos e rezemos pelos povos que sofrem a guerra. Não esqueçamos a atormentada Ucrânia e pensemos nos povos palestiniano e israelita: que o Senhor nos traga uma paz justa. Há muito sofrimento: as crianças sofrem, os doentes sofrem, os idosos sofrem e muitos jovens morrem. A guerra é sempre uma derrota: não o esqueçamos. É sempre uma derrota’. No dia 12, olhou para o Sudão, mas também para Israel e Palestina: ‘Que cessem as armas, que nunca trarão a paz, e que o conflito não se alargue! Basta! Basta, irmãos, basta! Em Gaza, que os feridos sejam imediatamente socorridos, que os civis sejam protegidos, que cheguem mais ajudas humanitárias àquela população exausta. Libertem os reféns, entre os quais se encontram muitos idosos e crianças’.
Na audiência do dia 15, pediu: ‘Rezemos, irmãos e irmãs, pela paz, sobretudo pela Ucrânia atormentada que sofre tanto, e depois na Terra Santa, na Palestina e em Israel, e não esqueçamos o Sudão que sofre tanto, e pensemos que onde há guerra, há tantas guerras! Rezemos pela paz: todos os dias, dediquemos sempre algum tempo para rezar pela paz. Nós queremos a paz’.
Termino com a intervenção na audiência de 29: ‘Nós pedimos a paz. E não esqueçamos, falando de paz, o querido povo ucraniano, que sofre tanto, ainda em guerra. Irmãos e irmãs, a guerra é sempre uma derrota. Todos perdem. Todos, não: há um grupo que ganha muito: os fabricantes de armas; eles ganham bem com a morte dos outros’.