Um grupo de Jovens Sem Fronteiras quis juntar-se a outros milhares de jovens e rumou até à comunidade ecuménica de Taizé, em França, para viver a Páscoa de uma maneira diferente. Dois deles contam-nos como foi.
“Regressar a Taizé este ano e aí viver a Semana Santa após um interregno de 7 anos foi uma bênção tão grande! Já sentia falta de peregrinar até lá.
Chegámos a tempo da celebração de Domingo de Ramos e o primeiro impacto foi incrível! O entrar de novo na Igreja da Misericórdia foi muito bom: a igreja cheia, quase toda a gente sentada no chão… e começaram os cânticos! Ouvir aquele silêncio (mesmo durante os cânticos, mas principalmente no momento de meditação da Palavra) e sentir uma paz a invadir-me o coração até que este transbordasse fez-me sentir tão agradecido por estar novamente ali.
Foi assim, de coração aberto por este momento, que comecei o meu caminho em Taizé, no ritmo próprio daquela colina: oração 3 vezes por dia, introdução Bíblica, discussões em grupo e estar ao serviço da comunidade. Simples mas de uma riqueza incrível!
Na Palavra de Deus, no encontro com os outros e na partilha da sede de Deus, de dúvidas, de experiências de vida e de sorrisos, (re)descobrimos então um Deus que nos ama de uma forma incrível!
No fim, o coração está cheio desta alegria que brota de Deus e de novas amizades. Regresso a Portugal mas fica a vontade de retornar a Taizé porque lá tudo nos orienta para Deus!”
André Saraiva
Taizé para mim foi acima de tudo descoberta. Em Taizé podemos descobrir inúmeras culturas apesar das barreiras linguísticas, sente-se por vezes alguma resistência à diferença, mas a vida em comunidade cria um espirito de união pois estamos ali para o mesmo.
Em comunidade tudo funciona e é mesmo indispensável que cada um contribua, inevitavelmente vão-se criando laços. No fundo em Taizé descobrimos que o que nos une é tão forte, é um amor tão forte, um amor que supera tudo o que nos distingue, um amor que não tem idades nem barreiras, um amor de Deus.
Quando parti admito que senti algum receio do que pudesse encontrar, por ser uma semana diferente com tanto de novo. Jamais imaginaria que fosse sair tão rica, tão preenchida pela magia e pelo espirito que é Taizé. Taizé é silêncio, é música, é união, é amor, é diferença, é alegria, sinceridade, é simplicidade, é caridade, é PAZ, é acima de tudo fé, uma fé tão grande que nos faz sentir irmãos em Cristo, com a mesma linguagem que é a do Amor de Deus, é a proximidade e a alegria em Jesus, principalmente na semana santa, semana essa que vivi de forma tão especial em Taizé, sente-se o momento em que Ele dá a vida por nós e ainda mais especial o momento da sua ressurreição, o momento em que se recarrega uma fonte de esperança e vida.
Taizé marca a nossa vida, torna-nos mais simples no olhar o outro, aproxima-nos de Jesus. Que ousemos ser quem somos em Taizé todos os dias, mais simples e humildes, que ousemos parar e escutar o silêncio, que os sorrisos permaneçam sempre cheios de Espirito Santo, os nossos olhares cheios de luz e que não tenhamos medo de amar que nos rodeia.
Ana Catarina de Sousa