Uma breve nota biográfica
Embora nascido em Maidugri, nordeste do país, Bernard é natural de Imane, estado de Kogi, da zona central norte da Nigéria (na Nigéria, cada pessoa é natural não do local onde nasceu, mas da terra natal do seu pai). A paróquia mãe da sua freguesia, Holy Spirit Parish Imane, foi fundada pelos Espiritanos Canadianos, entre os quais o notável e saudoso Padre Charles Mackay, que levou à criação da primeira Igreja em Imane. Este primeiro contacto teve e, ainda tem, influências religiosas, sociais e culturais na vida desta freguesia, onde já nasceram mais de dez espiritanos.
Bernard foi admitido à família espiritana com a Profissão Religiosa realizada no dia 19 de setembro 2009, em Awo-Omamma, na Nigéria. Foi também no seu país que se licenciou em filosofia, após a qual, depois de uma passagem breve por Cabe Verde para ter o primeiro contacto linguístico, chegou a Portugal, para concluir o seu Mestrado Integrado em Teologia, um sonho que se realizou em fevereiro de 2018. Em 30 de outubro de 2015 foi instituído leitor e, a 17 de fevereiro de 2017, acólito, tendo, por fim, sido admitido à profissão perpétua a 4 de agosto de 2017.
Mas foi na missa das 19h, na Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Boavista – Foco, na diocese do Porto, no dia 03 de fevereiro 2018, que o nosso confrade Bernard Adukwu, na companhia de seu colega Dehoniano Pedro Manuel, ingressou pelas mãos de D. António Maria Bessa Taipa, Administrador Diocesano do Porto, no primeiro grau das ordens sacras.
A grande igreja do Foco, na Boavista, tornou-se pequena para as centenas de pessoas que vieram das famílias Dehonianas e Espiritanas para se juntarem a esta paróquia acolhedora nessa celebração. A liturgia foi muito bem preparada e celebrada, adequando-se a um ambiente simpático que, apesar do frio, se conseguiu criar. Os cânticos ficaram ao cuidado do coro juvenil da paróquia, que estiveram também à altura da celebração.
No final da missa, os diáconos recém-ordenados e os restantes conviveram num jantar sumptuoso no salão paroquial, onde também foram presenteados pelos demais familiares e amigos. O jantar foi, apenas, a abertura de uma noite longa, que prometia que os diáconos recém-ordenados fossem muito acarinhados e celebrados, pelas dinâmicas e atividades lúdicas que a todos deixaram hilariantes. Não faltaram tempo e espaço para as piadas e as brincadeiras, numa noite que, para todos, mas particularmente para os dois diáconos, ficará na história.
Antes do fecho, houve tempo para os agradecimentos e despedidas aos que vieram de longe. O pároco, Padre Feliciano Moreira, tomando a palavra começou por agradecer a escolha da sua paróquia para a celebração, bem como a presença dos paroquianos, convidados e dos recém-ordenados. Na sua vez, o provincial dos Dehonianos, José Agostinho, agradeceu todos os presentes e encorajou os recém-ordenados na sua nova missão. O nosso provincial, Padre Tony Neves, também teve a oportunidade de agradecer ao provincial dos Dehonianos por nos ter acolhido nessa cerimónia e, na forma humorosa que lhe é reconhecida, lembrou aos diáconos a importância da missão que assumiram, acrescentando a dosagem de risos daquela noite. Finalmente os diáconos tomaram vezes em agradecer a Deus pelo dom recebido, à família (biológica e religiosa) pela entrega e aos amigos e convidados pela presença.