“La Valla”, em português “Muralha”, é uma série espanhola que conta já com mais de uma dúzia de episódios, de cerca de 50 minutos. Às sextas-feiras chega um episódio novo.
Podem parecer assustadoras as parecenças com a realidade atua: pandemia, confinamentos, assimetrias sociais, interesses privados, terror desencadeado pelo medo tantas vezes razoável. Ainda assim, não deixa de ser apelativo ver uma série sobre um futuro distópico, que, na altura da gravação, estava longe de prever tantos traços semelhantes com a realidade.
A série passa-se em 2045, em Madrid, num mundo diferente daquilo que conhecemos atualmente. O seu criador, Daniel Écija, propõe uma série de acontecimentos que se iniciam com um vírus letal, um Estado de Emergência e uma subsequente guerra mundial por recursos médicos e vitais, como água ou alimentos.
No meio do caos, em Espanha, impõe-se um estado totalitário, intitulado de Nova Espanha. Madrid está isolada, dividida por um muro que separa os membros da elite do resto da população espanhola. No centro da história está uma família que tem de recuperar Marta, que foi levada pelos responsáveis espanhóis e terá que morar numa espécie de experiência científica.
A série permite criar novas chaves de leitura e interrogações sobre o que estamos a viver hoje.