Mais um ano, mais um aniversário, sendo neste caso o sexto do núcleo da LIAM das 12 Ribeiras, na ilha Terceira, Foi, sobretudo uma festa missionária de louvor e gratidão em honra da terceira pessoa da Santíssima Trindade. “Mais e Melhor”? Sim, especialmente em ano missionário, como liamistas, impunha-se ir mais longe!
Aconteceu na semana a seguir à Páscoa, a tradicional “semana de pascoela”. Tivemos palestras e testemunhos, aprofundando deste modo o tema “O Espírito-Santo e a Missão”.
Com início no primeiro domingo de Páscoa, dia 21, sendo orador o nosso conterrâneo reverendo cónego Pe. João de Brito Meneses, que nos transportou à presença do Espírito-Santo e à Missão no passado. Levou-nos também à origem do cristianismo e da tradição cristão, percorrendo-a até à atualidade, querendo com isso pôr de relevo a presença e acção do Espírito Santo.
Na segunda-feira, dia 22, o Pe. João Pires, nosso atual pároco e responsável do santuário de Nossa Senhora dos Milagres na Serreta, discerniu connosco a actualidade da dimensão missionária, a busca e procura de fé que se vai notando, a caridade concreta dos cristãos, em contraponto com a actual falta de valores, patente muitas vezes no abuso dos espaços físicos da igreja, sem o devido respeito, para culto da imagem e proveito próprio.
Na terça-feira, dia 23, após a celebração da Eucaristia em honra de S. Jorge, patrono da freguesia, o prof. José Maria Saldanha falou-nos do Espírito-Santo e a Alegria da Missão, estabelecendo um paralelo entre a alegria do Evangelho e nossa missão no mundo.
Na quarta-feira, dia 24, eis que nos chegou, vindo do continente a equipa de missionários, chefiados pelo pe Pe. Edward Apambila, natural do Gana, atualmente a trabalhar no Minho na animação missionária. Vieram com ele três jovens, Ludimila, Gabriela e Tatiana, pertencentes aos JSF. Trouxeram na bagagem um testemunho de vida emocionante, de missão e ao serviço da Igreja, levando ao entendimento de que a verdadeira felicidade não se encontra no facilitismo, mas no autêntico sentido do amor e da fé.
Na quinta-feira, dia 25, marcou presença o Pe. Ricardo Henriques que, citando as escrituras, nos referiu a existência de diferentes carismas e dons dados por Deus a cada um de nós com o fim de os pormos ao serviço da comunidade, no aqui e agora da nossa vivência.
Na sexta-feira, dia 26, a Irmã Olinda N’Hampossa das Confhic (Congregação das Franciscanas Hospitaleiras) recordou-nos que todos nascemos com uma missão, cada uma diferente da outra, pois é na diversidade que está a complementaridade e a riqueza, consagrados ou leigos, em qualquer estado de vida, todos somos chamados a “ser Missão”, através do testemunho de vida.
De manhã, levamos os visitantes ao “Centro de Interpretação”, à “Serra de Sta. Bárbara. De tarde, fizemos uma visita à EB1 das Doze Ribeiras, onde os alunos puderam viver um momento de missão, o qual foi muito apreciado e aplaudido.
No sábado, dia 27, depois da visita a Angra, cidade património, e do almoço gentilmente oferecido pela liamista Areovalda Silva, realizámos um convívio com a catequese paroquial, onde também os jovens com o pe Edward deixaram uma marca de alegria nas crianças, jovens e catequistas, deliciados e motivados com a alergia juvenil.
Pelas 17,30 hrs, a Gabriela e a Tatiana acompanharam os ministros na Sagrada Comunhão aos doentes, sendo que também o pe Edward se juntou a esta visita.
Neste mesmo sábado, dia 27, como consequência da recente visita do animador missionário Pe. Tiago Barbosa, os jovens vindos com o pe Edward, Gabriela, Ludimila e Tatiana, socorrendo-se de meios audiovisuais, com cânticos apelativos e com o testemunho vivencial, mostraram o que é ser Jovem Sem Fronteiras em Ano Missionário a uma plateia animada e interessada!
No domingo, dia 28, foi a grande festa! O cortejo com saída do Centro de Dia, levando na frente representantes da LIAM a nível da ilha com as respetivas bandeiras, seguindo-se as bandeiras do Espírito-Santo, as tochas (12) símbolo dos apóstolos e as crianças a serem coroadas (reis/rainhas, recreando o gesto da rainha santa Isabel) a seguir, representantes de instituições e grupos com as coroas, que junto com as bandeiras simbolizam a realeza do Espírito-Santo, a fechar, a filarmónica Rainha Santa Isabel das Doze Ribeiras, à porta da igreja, os presbíteros com o presidente a aspergir o cortejo à entrada e seguindo atrás, dando início à Eucaristia.
No ofertório, representantes dos núcleos da LIAM levaram símbolos identificativos, durante a Eucaristia o 7º ano de catequese, este ano ao meu cuidado, celebrou a festa das Bem-Aventuranças.
No final, a coroação ao som do hino ao Espírito-Santo e a saída, novamente em cortejo de regresso ao Centro de Dia, onde foi servido um beberete convívio com toda a comunidade e visitantes, culminando com os parabéns ao núcleo de S. Jorge das Doze Ribeiras e a foto de praxe com todos os liamistas presentes.
Albina Gonçalves, animadora do núcleo
No dia 24 de abril, parti para uma missão sem fronteiras, na ilha da Terceira. Esta primeira aventura na Ilha da Terceira começou com grande acolhimento por parte da Albina, uma Liamista cheia de energia, com garra de levar a missão avante.
Embarquei nesta aventura para participar da festa do Divino espírito Santo, organizada pelo grupo da LIAM das Doze Ribeiras, na Ilha da Terceira. Para celebrar esta festividade da melhor maneira, e sempre com o olhar e o coração voltados para o Espírito Santo, o grupo organizou várias palestras com testemunhos, ao longo da semana.
No primeiro dia, a sala a transbordava de pessoas- Liamistas, jovens e o resto da comunidade das Doze Ribeiras e arredores. Fomos brindados com a palestra do padre Edward Apambila, sobre a missão ‘ad gentes’, seguido de um pequeno testemunho sobre a sua conversão e caminhada de descoberta de Jesus Cristo. Um testemunho marcante que nos deixou a pensar no real valor que damos à nossa fé, a maneira como a vivemos e a testemunhamos perante os outros.
As nossas manhãs iniciavam-se sempre com as Laudes, uma maneira de oferecermos o nosso dia e a nossa missão ao Senhor. Neste segundo dia, o grupo da LIAM organizou umas excursões com a comunidade para conhecermos alguns pontos turísticos da ilha. Fizeram o possível e o impossível para que tudo corresse bem e que todos pudessem desfrutar da visita.
Ao longo dos dias, foram vários rostos do grupo da LIAM que nos acolheram e abraçaram com um enorme carinho, abrindo até as portas das suas casas.
Já quase de partida, tivemos um encontro com os jovens das Dozes Ribeiras e arredores, como dizia o pároco, padre João “são realmente Jovens Sem Fronteiras”, porque são de diversas comunidades. Os jovens estavam cheios de vontade de descobrir o que é isto do mundo JSF, que outrora já muito tinham ouvido, através da LIAM.
Foi um encontro muito agradável, onde foi visível a atuação dos dons do Espírito Santo. Saí de lá na certeza de que aqueles jovens, mais do que quererem ser JSF, querem ser jovens ativos nas suas paróquias, cumprir com aquilo que o Papa nos desafia- sair do “sofá”.
Naquele que foi o segundo domingo da ressurreição, celebrámos a festa do Divino Espírito Santo, terminando o nosso encontro com muita alegria e partilha.
Agradeço a esta comunidade que tão bem nos acolheu, em particular pelo grupo da LIAM, que, com apenas 6 anos de existência nas Doze Ribeiras, vive esta missão sem fronteiras de “Estar perto dos que estão longe, sem estar longe dos que estão perto”, dando também esse testemunho aos jovens.
Ludimila N’Deque, jovem JSF
No dia 28 de Abril o núcleo da LIAM das Doze Ribeiras Açores realizou a coroação em louvor ao Divino Espirito Santo. Esta celebração tem origem na terceira pessoa da Santíssima Trindade, o Espirito Santo e tem uma devoção vinculada nas ilhas dos Açores.
Na semana que antecedeu a coroação realizaram-se um conjunto de palestras com o tema “O Espirito Santo e a Missão”, a missão é transversal a todos, por isso, a família Liamista das Doze Ribeiras convidou alguns representantes dos Jovens Sem Fronteiras para estarem presentes nesta celebração.
Nesta missão fomos três jovens, chegamos a Ilha Terceira no dia 24 de Abril. Desde de que aterramos permaneceu sempre um sentimento de “estar em casa”, fomos acolhidas pelo núcleo da LIAM com quem partilhamos o dia-a-dia, testemunhos, as belas paisagens e comida tradicional.
Nesta comunidade existe o ideal de criar um grupo de Jovens sem Fronteiras por conseguinte os Jovens sem Fronteiras deram testemunho sobre as suas origens e a sua caminhada, houve um momento com a comunidade e uma reunião com os jovens. Os jovens tinham já um sentido de questionamento aguçado e curioso, desejo que a semente cresça e surja um grupo de jovens católicos forte e ativo.
Os dias pareceram curtos para tanto que queríamos ver e estar, um dos momentos mais singelos foi acompanhar a distribuição da comunhão aos doentes com a ministra da comunhão e perceber que na simplicidade deste gesto se encontram os vários rostos de Jesus Cristo.
Que o Espirito Santo nos oriente e leve sempre o encontro dos outros.
Foi com as lágrimas a bailar nos olhos que li as palavras doces das JSF , obrigada, bem-hajam, que o Divino Espírito-Santo sempre vos guie e ilumine!
Um abraço do tamanho do mundo!