O CESM – Centro Espírito Santo e Missão – foi sonhado para ser um espaço de aprofundamento da fé e da vida espiritual, privilegiando a atenção à ação do Espírito Santo, numa perspectiva de comunhão eclesial e de missão. A intuição primeira da criação do CESM surgiu no VI Capítulo Provincial, em 1994, conheceu um parecer muito positivo no II CPA de 1997 e na sequência do VII Capítulo Provincial, em 2000, implantou-se, provisoriamente, no Pavilhão Sul do Fraião, com uma equipa a constituir uma comunidade autónoma. No III CPA de 2003 foi apontada a Silva como sede fixa do CESM. Depois, de alguma obras de adaptação, a inauguração do CESM na Silva, aconteceu no dia 6 de fevereiro de 2005.
Para quem apreciar ter um conhecimento muito preciso do desenvolvimento do CESM ao longo dos anos, recomendo um estudo muito detalhado, elaborado pelo P. José Carlos Ferreira Pereira, num trabalho académico intitulado «Reflexão sobre o Centro Espírito Santo e Missão (CESM, Silva-Barcelos) – Atividade missionária da Congregação do Espírito Santo em Portugal» quando frequentou, em 2018, no Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo, em Braga, um ano pastoral.
Este estudo, reflete aliás, a preocupação, por parte dos vários responsáveis do CESM em responder à constante insistência, por parte da Província, em ser fiel às dimensões essenciais do mesmo: “Comunhão e acolhimento; Espiritualidade e Renovação; Vocação e serviço; Formação e informação “(DCP nº707).
A concretização destes objetivos tem-se realizado através de retiros, recoleções a anteceder os importantes tempos litúrgicos, encontros de formação, acolhimento a grupos paroquiais e movimentos laicais, retiros e reuniões do clero, etc.
Na hora de passagem de testemunho (fui nomeado para a Silva em Abril de 2013), é-me particularmente grato referir o empenho na formação de leigos, quer da Família Espiritana, quer de outros. Na verdade, o CESM avançou na Silva, em 2014, e na Torre d`Aguilha, em 2022, com ciclos de formação, de 12 sessões quinzenais por ano, sendo que cada ciclo teve formato ligeiramente diferente.
Tertúlias “Missão na praça”. As sessões aconteceram de 2014 a 2016, com uma média de 60 participantes e 2 intervenientes, por sessão. A temática foi muito variada: Família, Mulher, Missão, Saúde… .
“Mais Formação, Melhor Missão”. Tratou-se de um ciclo formativo de 3 anos (2017 a 2019), com uma média 45 participantes e 1 interveniente, por sessão. Entre outras, foram abordadas estas temáticas: ”Laudato Sí”, “Avanço da ciência, recuo da fé”? Rostos da missão hoje… .
“Encontros do CESM”. De 2020 a 2025 aconteceu o terceiro ciclo formativo, com cerca de 60 participantes e 1 interveniente, por sessão. Tratadas temáticas à volta da Bíblia, das 4 constituições conciliares, da Sinodalidade, do desenvolvimento pessoal etc. .
A aposta na formação, durante estes 12 anos, com 12 sessões anuais, faz-nos chegar a uma realidade, assim traduzida em números: sessões realizadas: 180; participantes inscritos: 740; presenças na totalidade das sessões: 1.960; número de intervenientes: 228.
Uma avaliação final permite-nos dizer, com alegria, que estamos a caminhar ao ritmo da direção apontada no Documento Final da XVI Assembleia do Sínodo dos bispos: “A sinodalidade, de facto, implica uma profunda consciência vocacional e missionária, fonte de um estilo renovado nas relações eclesiais, de novas dinâmicas participativas e de discernimento eclesial, e de uma cultura da avaliação, que não pode instaurar-se sem o acompanhamento de processos formativos orientados” (nº140).