Ofertas. Promoções. Imperdível. Urgente.
Somam-se os anúncios, enchem-se as caixas de correio, avolumam-se as campanhas que nos dizem que “não podemos desperdiçar esta oportunidade”. Um dia que se estende a uma semana, que se prolonga a todo o mês, e que sob a capa da urgência e do necessário, mais não faz do que incentivar o consumismo.
Coincidência, neste mesmo fim-de-semana celebramos o Dia Mundial da Juventude e somos desafiados a ser “Alegres na Esperança”. Na mensagem que o Papa nos escreve, relembra-nos que “a fé faz-nos felizes a partir de dentro” e que “a esperança é alimentada pelas nossas opções quotidianas” e “exige escolhas muito concretas na vida de cada dia”.
Dois acontecimentos, duas propostas que acentuam diferentes caminhos para alcançar a felicidade que todos desejamos. A primeira traduz a sedução do ter, do avolumar coisas. A segunda expressa a importância do ser, mostrando que mais do que o exterior, o que importa é a essencia que transportamos dentro e que dá sentido ao que somos e ao que temos.
Apesar de nos aliciarem a transformar o nosso Natal em presentes desta sexta-feira mágica, talvez a proposta de Francisco nos aproxime mais do presépio.
Que este advento nos permita fazer caminho, com simplicidade, e que saibamos encontrar Aquele que nos faz ser portadores de alegria e esperança na vida de quantos nos rodeiam.