A minha trajectória de vida sacerdotal – e já lá vão 53 anos! – toda ela teve um cariz missionário. E isto não só na dimensão pessoa, mas também no entrelaçar com sacerdotes missionários da Congregação do Espírito Santo, por onde tenho andado.
Vem isto a propósito da feliz coincidência de, inesperadamente, me ter encontrado com o missionário espiritanos, Padre Tarcísio, aquando da sua visita há dias ao núcleo da LIAM de Estela (Póvoa de Varzim), onde actualmente sou pároco.
No meu percurso também missionário, embora sempre exercendo o ministério paroquial, me fui encontrando com o Pe. Tarcísio, desde Braga, Barcelos, Viana, Abrigada – Alenquer (Patriarcado de Lisboa), onde havia também a LIAM. Em Viana, além da LIAM na paróquia de Santa Marta de Portuzelo, trabalhamos no Secretariado da Pastoral Vocacional, de que eu era director. Aliás foi um dos primeiros secretariados na organização desta nova diocese.
Finalmente, fui em missão para a Amazónia, onde trabalhei nos Estados de Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas. Aqui, em Manaus, me encontrei com o Pe. Gaspar, com qeum trabalhei também nos reencontramos nas mesmas paróquias.
De regresso à pátria, assumi a paroquialidade de Estela. E qual não foi a minha alegre surpresa de me reencontrar com o caro amigo Pe. Tarcísio, apresentado pelo Pe. Eduardo que acompanha a LIAM desta paróquia!
Que belo quando a vida nos presenteia estes inesperados reecontros, ao serviço da Igreja – sempre em Missão!
Agora, posso testemunhar que, nesta divina aventura, descobri qeu o primeiro sinal do meu chamamento vocacional era afinal para ser missionário, quando ouvi o pregador no púlpito da igreja procalmando com entusiasmo: “Felizes os pés do que vão por montes e vales anunciando a Boa Nova…”. E, dentro de mim, uma voz me dizia – “Tu vai também anunciar o Evangelho!” E eu perguntei: “Eu?”. E essa voz no mais íntimo de mim disse: “Sim!” E eu também respondi: “Sim, vou!”. Tinha eu cerca de 10 anos de idade.
Sei que fiquei cheio de alegria, levando a sério essa voz no mais íntimo de mim mesmo. E foi para mim sempre a referência que me animou e levou à ordenação sacerdotal!
Aliás, “Sempre em Missão!”
P. Adelino de Sousa