Nimsdai Purja é nepalês. Desenvolveu o “projeto possível” onde se propunha escalar 14 montanhas, em 7 meses e trazer acrescento ao mundo em diferentes frentes: sublinhar o papel dos sherpas que tantas vezes perdem o nome e vidas a apoiar outras vidas e a possibilitar estrelato aos ocidentais; dizer a cada um, “é possível”, quando se acredita e programa.
As 14 montanhas alvo, são as mais altas do mundo, acima de 8 000 metros. Apesar do objetivo ser de 7 meses, foi alcançado em 6 meses e 6 dias.
Tudo influência: o clima, as avalanches, a logística, a preparação física e a aclimatação atuam juntos para o sucesso ou o fracasso dos montanhistas. Além das questões burocráticas impostas pelos governos, como o fechamento das montanhas ou as permissões de escalada não concedidas e até mesmo os custos. Só com fé e foco no objetivo é possível ultrapassar montanhas de obstáculos.
O que motivou estes montanhistas foi o papel fundamental do povo nepalês nos Himalaias ser minimizado ou deixado de lado por muitos outros estrangeiros que o vão escalar e atingem seus objetivos, esquecendo-se de como os sherpas foram fundamentais para que chegassem ao cume.
Estar na montanha a este nível, é uma meditação constante, um encontro com o inesperado, um deparar-se constantemente com a possibilidade de perda de vida, um encontro constante com o presente… estar vivo!
Kamal queria mostrar que “é possível” fazer algo maior que o seu nome, inspirar uma ou duas pessoas de boa maneira… inspirar o mundo.
A mãe de Kamal, a meio do projeto disse: “kamal, tem espírito divino”. Ela faleceu em 2020. Teve vários problemas de saúde durante a realização do projeto em 2019, quase levando kamal a desistir. Ele persistiu por insistência e bênção da mãe.
A equipa de escaladores é composta pelos nepaleses: Lakpa dendi Sherpa, Mingma David Sherpa, Geljen Sherpa, Nimsdai Purja, Dawa Sherpa, Walung dorchi Sherpa, e Geshman Tamang.
Um filme de superação, em muitas frentes.