O verão de 2023 está a chegar! Quando olhamos na linha do horizonte e não vemos nada, a nossa tentação é sempre a de voltar ao sofá e esperar que a soneca tome conta de nós por mais uns tempos. Depois, acordamos e achamos que já é tarde demais… Isto não poderá acontecer com as Jornadas Mundiais da Juventude, com epicentro marcado para Lisboa. Falo de ‘epicentro em Lisboa’, porque as JMJ vão mobilizar o país inteiro (e meio mundo). As pré-jornadas vão ter lugar em todas as Dioceses e, provavelmente, nas aldeias, vilas e cidades espanholas que fazem fronteira.
Derrubada a ideia do ‘ainda falta tempo demais!’, olhemos já para o longo caminho que precisamos de percorrer juntos até encontrarmos o Papa no Parque das Nações, em Lisboa. Não começamos hoje, atenção! A nossa candidatura foi preparada durante largos meses e não foi nada fácil convencer o Vaticano a apontar Portugal como país organizador das JMJ 22 (agora 23). Muito trabalho está já feito. E muito bem. Depois, no Panamá, a nossa delegação lusa pulou, gritou e abanou bandeiras ao ouvir que o próximo país a acolher as Jornadas era… Portugal, em Lisboa!
‘Ganha’ a candidatura, mãos à obra! Criaram-se equipas e mais equipas, lançaram-se concursos para logotipo e hino, multiplicaram-se reuniões a nível nacional, definiram-se estratégias de motivação e envolvimento de todos, criaram-se dinâmicas de formação e de mobilização… Estamos todos a caminho de Lisboa!
Um momento forte, mobilizador, foi marcado para o Domingo de Ramos 2020 em Roma. Inscreveram-se milhares de jovens portugueses que, numa Missa a fazer abarrotar a Praça de S. Pedro, receberiam sob o olhar do Papa Francisco os símbolos das JMJ. Ali, a delegação do Panamá deveria entregar a Lisboa a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora. Mas, veio a pandemia que derrubou todos os programas e nos fechou em casa à espera que o pior passasse. Adiou-se para o Cristo-Rei esta importante celebração. Mas, mais uma vez, a covid regressou em força à Europa e esta passagem de símbolos acabaria por realizar-se na Basílica de S. Pedro, à porta fechada, com uma delegação também ela simbólica, vinda de Portugal inteiro.
Com os Símbolos na bagagem, os nossos enviados especiais regressaram a terras lusas e aguardam por melhores dias para começar a Peregrinação pelo nosso país real, proporcionando oração, reflexão, compromisso e muita sensibilização para a todos envolver na concretização destas grandes Jornadas.
Vivemos um Natal muito atípico, mas queremos que 2021 seja um ano feliz, aberto ao futuro. A preparação progressiva destas JMJ, apoiada pela Peregrinação dos Símbolos e o envolvimento de todos, vai mostrar ao mundo que Portugal é um país de gente boa e comprometida. Esta será a nossa causa nacional para os próximos anos. Não vamos poupar esforços, queremos dar o nosso melhor e mostrar ao mundo que somos poucos, mas conseguimos fazer muito quando unimos mãos e corações.
Desejo um 2021 cheio de empenho. Todos juntos, de mãos dadas, vamos longe. Nada melhor que concluir com um provérbio de inspiração africana: ‘quem quer ir depressa, corre sozinho; mas, para se ir mais longe, é melhor caminhar em grupo!’