Um drama político escrito, realizado e co-produzido pelo cineasta iraniano Mohammad Rasoulof, que utilizou imagens de protestos reais pela morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que morreu em Setembro de 2022, sob custódia da “polícia da moralidade” islâmica. Rasoulof foi condenado a oito anos de prisão pelas autoridades iranianas, mas conseguiu atravessar a fronteira e chegar à Alemanha em abril de 2024.
Iman, um funcionário público, advogado e oficial de justiça, é promovido para o Tribunal Revolucionário de Teerão. No novo cargo, é-lhe atribuída uma arma e começa a ser pressionado pelos superiores para assinar sentenças de morte sem direito a investigação ou julgamento. Um dia, a arma desaparece de casa. A afronta enfurece Iman, que suspeita da mulher e das duas filhas adolescentes. Essa desconfiança acaba por escalar a um ponto de não-retorno, levando-o a tomar medidas drásticas que vão pôr em causa os fortes laços que sempre os uniram. Enquanto os protestos políticos contra um Governo (cada vez mais autoritário) se intensificam no Irão, Iman luta para cumprir ordens e manter o seu lugar.
Galardoado com o Prémio Especial do Júri, o Fipresci e o Prémio do Júri Ecuménico no Festival de Cannes, considerado o melhor filme estrangeiro pela associação National Board of Review (NBR) e nomeado para o Óscar de melhor filme internacional (Irão). Com Soheila Golestani, Missagh Zareh, Mahsa Rostami, Setareh Maleki. Imperdível.
