Este filme é uma comédia que conta a história de seis pessoas que sofrem de TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo). Conhecem-se na sala de espera de uma clínica onde descobrem que todos estão marcados com o mesmo médico, Dr. Palomero, no mesmo horário daquele dia. Enquanto esperam o médico que segundo a secretária se atrasou no embarque do avião, eles tentam organizar a ordem em que ocorrerão as consultas, convivendo com as particularidades do TOC de cada um. Acabam por dialogar sobre suas vivências, até que chegam ao consenso de iniciar a terapia em grupo, sem médico.
Algumas personagens demonstram sentirem vergonha e constrangimentos relativamente aos sintomas, procuram maneiras de disfarçá-los e alguns deles inclusive os negam. No filme, as personagens experimentaram alívio e aceitação conforme percebem que, conforme se empenharam para ajudar os outros a encontrarem alternativas para lidar com os sintomas, acabaram por vezes por perder os seus próprios, mesmo que seja por minutos.
“Toc toc”, de Vicente Villanueva, permite refletir sobre o sofrimento vivenciado por pessoas que passam por situações similares. Qual é a dor que uma vivência que convida ao constante perfeccionismo pode causar? Como é viver auto impondo normas e regras de ordem? Como é viver sem poder errar, desagradar, de não ser suficientemente bom para os outros? Como é viver com medo constante de perder o controle ou o medo de sentir?
Este filme é uma possibilidade de passear com humor por distúrbios tão difíceis de vivenciar e por vezes tão minimizados com títulos como tiques ou manias…