Lançada em 2021, “A criada” é uma minissérie, baseada em fatos verídicos. A temática é atual, profunda e delicada, um retrato duríssimo da realidade de muitas mulheres.
Stephanie Land escreveu, em 2019, o livro no qual se baseou a série – Maid: Hard Work, Low Pay, and a Mother’s Will to Survive (Criada: Trabalho Duro, Salário Baixo, e a Força de uma Mãe para Sobreviver). Na sequência deste trabalho, Stephanie, é hoje considerada uma narradora da desigualdade social americana. “Eu escrevi esse livro na esperança de que ele mude os estigmas em torno de mães solteiras, especialmente as que são pobres, que são tratadas como merecedoras das dificuldades pelas quais passam por causa das terríveis decisões tomadas na vida”, disse a autora.
Os planos iniciais da autora eram sair de sua cidade-natal, em busca do sonho de conseguir entrar na universidade a fim de vir a ser escritora. Mas tudo mudou com uma gravidez inesperada. Stephanie passou a priorizar a criança. No meio da noite, Alex (Margaret Qualley) “sai de fininho” da cama do parceiro abusivo, pega a filha de 2 anos e foge de carro com 20 dólares no bolso.
Após o fim do relacionamento tóxico que viveu, sem apoio da família e com o burocrático apoio estatal, ela começou a trabalhar mais do que nunca para sustentar a bebé. Para isso, arranjou emprego como empregada doméstica, com condições precárias e que lhe permitia aceder aos apoios. Concorreu a uma universidade ganhou bolsa e partiu a fim de contruir um futuro digno para as duas.
Um testemunho em primeira pessoa, da resiliência no feminino.